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Tempo para bonecas
A minha boneca de trapo de há tantos anos!
Está velha
Tem graça, a minha boneca de pano envelheceu.
Nenhuma outra foi tão querida
Tão docemente embalada
Nenhuma outra nasceu tanta vez
Tanta vez foi despida ou vestida
Deitada e erguida de qualquer cama
Nenhuma outra sobreviveu
Até há um tempo para bonecas
Parece-me que teve sempre uma cara triste
Ou são os meus olhos de hoje?
A gente, vive…
Os anos passam e nós esquecemos
Querida boneca
Os anos passaram iguais por nós
E nem só tu ficaste velha
Dir-se-ia que até os cabelos tens brancos!
Mas não, é pó
O pó cola-se a nós, o pó do tempo
Deixa-nos baços, tristes, velhos
Agora és mesmo um trapo, boneca de trapo
Quem te animava antes?
Então morreste?
Ai boneca, boneca
Então as bonecas também morrem?
Velha boneca
Mas velha porquê?
Será que também amaste
Que também sofreste
Que te consumiste nesta vida louca?
De que morrem as bonecas?
De solidão?
De tristeza?
Ou é apenas o tempo
Que vai descosendo, esventrando, cegando
As bonecas de trapo?
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