CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Nasceste preso

Vale a pena chorar?
Tu não vês? Nem elas vêm as lágrimas.
Não vale a pena
Nem gritar
Nem chamar, nem pedir, nem nada
São de falas estas paredes
Não as vês mas estão lá
Não as tocas
Mas não as passas, não

Não vale a pena
Lutar contra o que está, para quê?
Tudo tem limites
Tudo, ouves?
Nada é infinito, ou por outra
Só a estupidez é infinita
E são feitas dela estas paredes
Que não vês mas estão cá

Então tu não sabias?
Já nasceste preso
Eles destinam tudo:
Serás pobre ou rico
Grande ou pequeno
Doutor ou escravo
E no fim morres

Então tu não sabes?
Isto da vida é um inferno
Enchem-te de preconceitos, de tradições
De costumes e religiões
De “não pode ser assim”

Então tu não vês?
Deixam-te a liberdade
De estares preso em ti próprio

Mas não chores
Não és senão uma criança
As crianças sonham
Mesmo que te obrigue a comer a sopa.

Depois revoltam-se
Querem os sonhos
É o fim

Mais tarde são elas que constroem tradições
Preconceitos, tabus, mitos e costumes
São elas que impingem, que fecham
São elas que proíbem, que enlouquecem

Então tu não vês?
Também dás aos outros essa liberdade
Os teus filhos estão presos neles
E tu estás preso em ti próprio.

Submited by

segunda-feira, março 28, 2011 - 12:34

Ministério da Poesia :

Your rating: None Average: 5 (1 vote)

Maria Jose Mouraz

imagem de Maria Jose Mouraz
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 12 anos 51 semanas
Membro desde: 03/26/2011
Conteúdos:
Pontos: 120

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Maria Jose Mouraz

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Ministério da Poesia/Geral Tempo para bonecas 0 515 03/28/2011 - 12:38 Português
Ministério da Poesia/Geral Eu escolho ...NADA 0 474 03/28/2011 - 12:37 Português
Ministério da Poesia/Geral Os que não perderam tudo 0 502 03/28/2011 - 12:36 Português
Ministério da Poesia/Geral Nasceste preso 0 564 03/28/2011 - 12:34 Português
Ministério da Poesia/Geral Só porque não compreenderam 0 577 03/28/2011 - 12:32 Português
Ministério da Poesia/Geral Páginas Velhas 0 612 03/28/2011 - 12:31 Português
Ministério da Poesia/Geral Esperei que me dissesses 0 712 03/28/2011 - 12:29 Português
Ministério da Poesia/Geral Víboras 0 513 03/28/2011 - 12:26 Português
Ministério da Poesia/Geral Desesperança 0 450 03/28/2011 - 12:18 Português
Ministério da Poesia/Geral Sem nome 0 547 03/28/2011 - 12:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Minto 0 515 03/28/2011 - 12:06 Português
Ministério da Poesia/Geral Nevoeiro 0 501 03/28/2011 - 12:04 Português
Ministério da Poesia/Geral Viver porque 0 611 03/28/2011 - 12:01 Português
Ministério da Poesia/Geral Partir 0 511 03/28/2011 - 11:59 Português
Ministério da Poesia/Geral Cinderela estúpida 0 641 03/28/2011 - 11:57 Português
Ministério da Poesia/Geral Porque chove 0 530 03/28/2011 - 11:55 Português
Ministério da Poesia/Geral Construirei para nós uma casa 0 420 03/28/2011 - 11:53 Português
Ministério da Poesia/Geral O homem nu 0 513 03/28/2011 - 11:51 Português
Ministério da Poesia/Geral Imortal até morrer 0 490 03/28/2011 - 11:49 Português
Ministério da Poesia/Geral Lembranças 0 466 03/28/2011 - 11:46 Português
Ministério da Poesia/Geral Crer em qualquer coisa 0 529 03/28/2011 - 11:45 Português
Ministério da Poesia/Geral Princípio sem fim 0 464 03/28/2011 - 11:43 Português
Ministério da Poesia/Geral Canção de ontem 0 488 03/28/2011 - 11:42 Português
Ministério da Poesia/Geral Revolta-te 0 512 03/28/2011 - 11:41 Português
Ministério da Poesia/Geral Agonia 0 548 03/28/2011 - 11:39 Português