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Lisboa Tejo, Cidade Beijo…
Quem me dera não ter saudade de mim
Tanto, quem me dera ter presa à cintura,
Essa cidade madura, só pra não ser furtiva
a Saudade, mais tarde, quando partir
Sem mim e for embora da vila cidade,
Cidade afora, cidade mágoa, cidade que
Trago presa à cintura, cidade Tagus,
Na ponta dos dedos, saudade de mim,
Táctil e afago do hábito e dum cego grego,
Quem me dera ter a saudade assim, aqui
Dentro, como um lego e reconstruir das
Margens o Tejo e a cidade beco la dentro,
A minha cidade tem um mar preso,
Esse mar se chama saudade, tem peso
A minha saudade ,magoa-me e a espera
Um contrapeso, gémeo desta alma d’paredes,
Que de saudade ter se cansa, cidade
Me acalma, cidade me amansa no fado,
Tenho uma cidade presa à cintura,
Tem uma trança Tejo e outra me chama,
Amante e dorme comigo na cama,
Pena eu, cego não a vejo, não a beijo,
Cidade dispersa, cidade eu te beijo,
Desperta-me desta cegueira,- oh Tejo,
Pra ver o oceano imenso, lá longe, lá fora,
Quando me for, serás flor da saudade lilás,
Desta saudade que imerso no Tejo vejo,
Afogo o meu pensar e o meu sonho
D’amar e saudar a cidade que amo,
Num beijo intenso, cidade insigne, viola,
Cidade meu signo, meu cisne, Tejo
Meu lar de amor, onde Tu és Gente,
E eu teu fado, só plo prazer de ser fadista
Da canção que és, Tu também Lisboa…
Joel Matos (02/2015)
http://joel-matos.blogspot.com
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Que de saudade ter se cansa,
Que de saudade ter se cansa, cidade
Me acalma, cidade me amansa
Que de saudade ter se cansa,
Que de saudade ter se cansa, cidade
Me acalma, cidade me amansa
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