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Caravelas azuis céu adentro por dois mil anos
Desconheço as certezas que me atraem ao desconhecido
Um movimento causa efeito no brilho desta dúvida circular
Não tenho esperança de me encontrar nas perguntas que guardo
E guardo-as religiosamente, como segredos esquecidos no tempo.
Desacreditei teorias sobre a dor sem ter sofrido
Vou em procissão, levar toalhas quentes à angústia que me consome
E pelo caminho idealizar a morte por baixo da terra
Por não acompanhar a gravidez das estrelas todos os dias
Nem assistir ao seu parto anunciado com ardor fora dos olhos.
Esqueci-me de acreditar
Caravelas azuis céu adentro por dois mil anos
Tenho esperado o meu nascer para começar.
…
Na origem a indiferença onde me guardo sem ambições.
Cai o lorpa na arcada por um abraço que ninguém me deu
Cresci e morei sempre à porta sem entrar
Com medo de pisar o mesmo chão, conhecer o padrão e ficar
Esqueçam-me todos, todos os dias em que não voltei
Esqueçam-me os lamentos e as ilusões que emprestei ao mundo
E afastem-me de vez, quando chegar a falar de amor.
…
Esqueci-me de acreditar
Caravelas azuis céu adentro por dois mil anos
Elevam-se as adagas e os escudos pela morte de um imperador.
Desenhei um rio com margens e com corrente
Porque só quero uma vista para o Nilo, na tarde da minha derrota.
Nuno Marques
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Comentários
Lindo, profundo e
Lindo, profundo e brilhante...
Adorei...
Bjs na alma
;)
Querer ser de novo… Outra vez
Querer ser de novo…
Outra vez os sonhos
Aqueles que foram morrendo
Sem acreditar
Só já se pede um final onde os olhos consigam
Vislumbrar o sonho.
Gosto muito da tua poesia.
Sempre.
Beijo
Fico feliz de ler-te
Fico feliz de ler-te novamente...
A tua poesia é um destaque aqui(na WAF) ou qualquer lugar que for postada.
Sou fã assumida da tua poesia, não sou nenhuma especialista técnica, apenas uma
leitora assídua de poesias, com um sentir muito profundo para reconhecê-las...
"Desconheço as certezas que me atraem ao desconhecido
Um movimento causa efeito no brilho desta dúvida circular
Não tenho esperança de me encontrar nas perguntas que guardo
E guardo-as religiosamente,como segredos esquecidos no tempo."
Simplesmente magnífico, meu amigo!
Bj.
Gostei, amigo Nuno
Gostei, amigo Nuno.
Parabéns pelo excelente poema!
Abraço