CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Como paisagem ao morrer o dia, o voar do ganso…
Como paisagem ao morrer o dia,
Tudo se esconde em sombra e erva esguia,
Assim parece o tacto e o chão ermo
E falto, que me larga a mão e parte
Na passagem do fim, para o norte fundo,
A chuva não vem longe, vem de través,
Me segredam os dedos, ralos os cabelos
Que penteio, por dentre dez mil deles, redondos
Como a paisagem, o horizonte e a morte
A chuva não vem longe, acredita profundo,
Acredito nos homens que não morrem de vez,
Acredito que o “Homem” não morre hoje,
A Terra está doente, não me embala
E eu sofro pelo mar em volta e em luto,
Pla Terra, pla flora e a chuva não vem,
Nem chora, assim padecem meus olhos doendo,
Doente, eu e tudo, tudo se esconde
Em sombra e erva podre,
Como paisagem ao morrer o dia, o mundo
Enfermo, tal como entre duas espadas
E o punho, a parede de ferro e brasa,
O feno, o funcho, o abrunho, o ouriço…
O voar do ganso mudo.
Jorge Santos 08/2018
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 4885 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Geral | Percas, Carpas … | 12 | 602 | 02/12/2025 - 09:38 | Português | |
Poesia/Geral | Entreguei-me a quem eu era | 5 | 670 | 02/11/2025 - 18:02 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Tomara poder tocar-lhes, | 12 | 774 | 02/11/2025 - 17:58 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Duvido do que sei, | 9 | 543 | 02/11/2025 - 17:56 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Recordo a papel de seda | 6 | 194 | 02/11/2025 - 17:38 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Pois que vida não tem alma | 20 | 368 | 02/11/2025 - 17:37 | Português | |
Poesia/Geral | Não existo senão por’gora … | 0 | 1.070 | 02/11/2025 - 17:25 | Português | |
Poesia/Geral | Cedo serei eu | 0 | 667 | 02/11/2025 - 17:23 | Português | |
Poesia/Geral | Pra lá do crepúsculo | 30 | 4.043 | 03/06/2024 - 11:12 | Português | |
Poesia/Geral | Por onde passo não há s’trada. | 30 | 4.523 | 02/18/2024 - 20:21 | Português | |
Poesia/Geral | Sonhei-me sonhando, | 17 | 5.741 | 02/12/2024 - 16:06 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A alegria que eu tinha | 23 | 6.592 | 12/11/2023 - 20:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Notas de um velho nojento | 7 | 4.133 | 12/06/2023 - 21:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | (Creio apenas no que sinto) | 17 | 2.939 | 12/02/2023 - 10:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Vamos falar de mapas | 15 | 8.803 | 11/30/2023 - 11:20 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | São como nossas as lágrimas | 9 | 2.010 | 11/28/2023 - 11:11 | Português | |
Poesia/Geral | Entrego-me a quem eu era, | 28 | 3.864 | 11/28/2023 - 10:47 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O Homem é um animal “púbico” | 11 | 5.716 | 11/26/2023 - 18:59 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A essência do uso é o abuso, | 1 | 4.702 | 11/25/2023 - 11:02 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Insha’Allah | 2 | 2.819 | 11/24/2023 - 12:43 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | No meu espírito chove sempre, | 12 | 2.648 | 11/24/2023 - 12:42 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Os destinos mil de mim mesmo. | 21 | 7.702 | 11/24/2023 - 12:42 | Português | |
Poesia/Geral | “Daqui-a-nada” | 20 | 5.429 | 11/24/2023 - 11:17 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Cada passo que dou | 0 | 2.830 | 11/24/2023 - 09:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Quem sou … | 0 | 3.425 | 11/24/2023 - 09:26 | Português |
Comentários
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.