CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Poemeto de consolação
Poemeto de consolação
Sei que amanha não tocarei mais os teus doces lábios
As ruas se tornaram tão calmas e teu olhar profundo
E que é na busca do teu encontro que me perco
Sobre a existência de meras farsas existenciais.
Sei que não te traí naquela clara noite de verão
Faltaram becos escuros e havia suspiros marginais
Dos misteriosos gatunos da rua sessenta e seis
A espreitar os saqueadores das despensas.
Não consegui ler Goethe nem faltei para com a música wagneriana
Os jornais acordaram mortos defronte a minha porta
Envolvido pela gosma fétida dos bons políticos
Que preferiram a causa própria aos valores da nação.
Queria falar da tua necessidade enquanto minha
Mas vejo que o que sobrou não cabe nestas folhas rotas
Que a tinta de minha pena vibra a colorir
A preferida solidão dos píncaros a tua necessidade.
Faltou o teu negro nome e teu olhar tão casto
Pelo menos a mim, poeta menor e suicida
Que preferiu a morte a tua presença amiga
Fiel deusa do imprevisível e do indeterminado.
Não cantarei a tua pureza, pois ela não existe
Não cantarei tua virtude, pois ela esteve ausente
Cantarei o teu medo ao verdadeiro matrimônio
E tua repentina razão ao anticristo.
Não mais te darei rosas nem cartas de amor
As rosas feneceram cedo demais e as cartas sangraram
Não houve assassinato, apenas um corpo
A se distinguir em um jardim suspenso.
Fica apenas a ausência do teu beijo
Sobre este pensamento andarilho
Que se desnorteou do caminho
Do cemitério da saudade.
Falta à inscrição na lápide, falta meu nome
A sangrar em plena sexta-feira gorda
E a ouvir grunhidos de solidão.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 564 leituras
Add comment
other contents of ntistacien
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Sem forma | 0 | 906 | 01/15/2020 - 02:16 | Português | |
Poesia/Geral | Esparso amor | 0 | 1.090 | 12/04/2019 - 19:14 | Português | |
Poesia/Geral | Sujeito a uma forma | 0 | 976 | 12/04/2019 - 19:11 | Português | |
Fotos/Outros | Girassol | 0 | 1.839 | 02/23/2019 - 03:04 | Português | |
Poesia/Aforismo | É na solidão do auto conflito que se molda a mais nobre alma. | 0 | 1.682 | 01/22/2019 - 03:40 | Português | |
Poesia/Geral | Aula de Português. | 0 | 1.110 | 01/22/2019 - 03:36 | Português | |
Poesia/Aforismo | ntistacien | 0 | 1.387 | 01/22/2019 - 03:19 | Português | |
Poesia/Aforismo | O que fazemos ou deixamos de fazer hoje surte efeitos na posteridade. | 0 | 1.462 | 01/20/2019 - 06:31 | Português | |
Poesia/Aforismo | Ame como se de amor tu foste, deseje como se tua essência dependesse disto, mas jamais se curve ao que lhe foi negado. ntistacien | 0 | 1.530 | 01/20/2019 - 06:27 | Português | |
Poesia/Aforismo | Há muito confundimos o amor com a posse, este gera um misto de segurança e dor se correspondido ou não, aquele gera paz. | 0 | 1.361 | 01/20/2019 - 06:26 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Feliz mesmo é poder olhar para os céus e contemplar teu olhar. Embriagar-se de amor e, ainda assim, continuar sóbrio. | 0 | 1.189 | 01/15/2019 - 14:56 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Foi a ingenuidade de seu olhar que desarmou meu nefasto coração. | 0 | 1.057 | 01/15/2019 - 14:55 | Português | |
Poesia/Geral | A filosofia do lagarto: Autotomia | 0 | 1.493 | 01/15/2019 - 14:51 | Português | |
Poesia/Geral | Silencioso grito a Brasiliana | 0 | 1.213 | 01/14/2019 - 03:46 | Português | |
Poesia/Geral | Tempo | 0 | 1.132 | 01/14/2019 - 03:02 | Português | |
Poesia/Meditação | Em pedaços | 0 | 1.008 | 01/14/2019 - 02:50 | Português | |
Poesia/Aforismo | ntistacien | 0 | 1.289 | 01/13/2019 - 05:47 | Português | |
Poesia/Aforismo | ntistacien | 0 | 1.255 | 01/13/2019 - 05:45 | Português | |
Poesia/Aforismo | A virtude reside sob a máscara que admite existência em outrem. | 0 | 1.373 | 01/13/2019 - 05:43 | Português | |
Poesia/Desilusão | Em pedaços | 0 | 1.001 | 01/10/2019 - 02:15 | Português | |
Poesia/Meditação | Avulso | 0 | 1.239 | 01/10/2019 - 01:55 | Português | |
Poesia/Aforismo | ntistacien | 0 | 1.711 | 11/10/2018 - 18:26 | Português | |
Poesia/Amor | Para um colibri | 0 | 1.384 | 11/10/2018 - 17:32 | Português | |
Poesia/Geral | Flores de abril | 0 | 1.467 | 11/10/2018 - 17:21 | Português | |
Poesia/Geral | Vazio poema | 1 | 1.340 | 11/14/2013 - 12:46 | Português |
Comentários
Re: Poemeto de consolação
Faltou o teu negro nome e teu olhar tão casto
Pelo menos a mim, poeta menor e suicida
Que preferiu a morte a tua presença amiga
Fiel deusa do imprevisível e do indeterminado.
Fica apenas a ausência do teu beijo
Sobre este pensamento andarilho
Que se desnorteou do caminho
Do cemitério da saudade.
Falta à inscrição na lápide, falta meu nome
A sangrar em plena sexta-feira gorda
E a ouvir grunhidos de solidão.
Intenso!!!
O ser desconsolado!!!
:-)