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Todo o mundo que tenho
A nossa boca é um quisto que cerra o vocábulo de querer e o beijo nos lábios.
Desses teus ventos malabaristas onde desembocas para o mundo e te perco quase em esperança nas suas mortes infinitas, arruíno meu grito em tostões por miséria de não te ser homem.
O meu peito quer o teu corpo como se fosse carne nascida de mim.
E dói…
Nossos olhos desamparados em quantias tristes de amor.
Sou-te tão cego que nem vejo o que me estás a dar…
E é tanto, tão tudo, que nem mil perdões pagariam este seres-me dádiva a fundo perdido.
Sou uma palmeira bravia no epicentro de um sismo, um furacão de dias melancólicos que teimam calar o tanto que há tanto tempo se cala…
Ficamos então sozinhos a olhar silêncios vadios por detrás das nossas janelas entristecidas.
Sou teu até ao fim da gramática.
As nuvens são hoje como furnas num horizonte onde mora o teu riso calado.
Nem sei porque o digo, talvez porque tenho chuva nos olhos…
Arranjo uns quês obtusos para justificar as minhas faltas de ti…
Tu és Nova Iorque e todas as luzes da cidade.
As garças voando sobre a baía de Manhattan…
Tens-me vinte e quatro horas nos fusos horários da terra.
Tu és Los Angeles, Istambul, Pequim, o fim do mundo e o princípio das jornadas que me levam ao teu colo.
O meu peito quer o teu corpo como se fosse carne nascida de mim.
E dói…
Em todo o tempo haverá o sol a romper as manhãs embriagadas de cinza…
É essa centelha de luz que nos guarda…
O saber que um amor como o nosso devia ser Nobel.
Há estradas de sangue com as nossas pegadas…
Fósseis de vida num caminho que fazemos sempre, mas sempre, de mão dadas.
Não te vou abandonar até que acabe o romance…
Depois morro e paro de escrever o nosso corpo nos dias…cinzentos.
Em todo o tempo haverá o sol a romper as manhãs embriagadas de cinza…
É essa centelha de luz que nos guarda…
És todo o mundo que tenho.
Amo-te…
PS: Sabes como amo Nova Iorque.
PS: Dedicado á mulher da minha vida.
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Comentários
Pq ja tinha saudades...
E hoje numa crise de insonia as 7h da manhã apeteceu-me ler Lapis Lazulli!
Já tinha saudades da tua escrita, da tua arte, do teu talento imenso!
É por este e muitos outros motivos q de qd em vez tenho de regressar a este lar!
Para ler, surpreender-me e encantar-me desta maravilhosa forma!
Um beijinho em ti levo comigo esta maravilhosa imagem:
"Em todo o tempo haverá o sol a romper as manhãs embriagadas de cinza…
É essa centelha de luz que nos guarda…
O saber que um amor como o nosso devia ser Nobel."
Tu és Nova Iorque e todas as luzes da cidade.
A nossa boca é um quisto que cerra o vocábulo de querer e o beijo nos lábios.
Tens-me vinte e quatro horas nos fusos horários da terra.
Tu és Los Angeles, Istambul, Pequim, o fim do mundo e o princípio das jornadas que me levam ao teu colo.
Um poema repleto de trovões!
Adorei ler!!!