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Vago poema
E sendo forte a saudade fere a fibra
E ausente nos olhos escorre pela alma
Tal qual o sibilar tristonho de um colibri
Em um vazio outono de outrora.
Mas de quantos toques amenos teu olhar precisa
Para desejar o frágil perfume das papoulas
De quantas solidões teu coração instiga
Ao nascimento de enegrecidas ervas marginais.
Não foi a ausência de poemas. Quem dera,
Cartas utópicas de amor. Um beijo,
Não foi por menos que um desejo
Esta solidão tardia.
E tardas são as horas matutinas
A espreitar tua solidão derradeira
E das rosas em teu túmulo primeiras
Tornar-se-ão arranjos medievais.
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Poesia :
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