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Vazio
Existia desgarrado ao canto da sala um zero insólito com sabor frio.
Especulava os porquês sem razões aparentes de mil abandonos.
Fragmentos fumantes sombreavam juízos num toldo do ser…
E então uma praia respirou-me o longe nas docas de Ulisses.
Tinha nos olhos ameaços lacónicos dos corvos fadistas.
A cidade sentava os joelhos numa beira do rio.
Eu era um tanto de corpo esquecido no sal…
E até aquilo que se diz em amor fervia sem fogo numa pátria macia.
Brando, o costume habitou os olhos em fome e farrapos.
E retiraram luta á palavra quando abrasaram no dicionário, assim…desprezo.
Eu então juízo fervido no sal á beira da pátria aparente e fumante…
Existia desgarrado ao canto da sala num zero insólito com sabor frio.
Quantas horas de mim faltarão para me anoitecer…
Quantas noites de mim faltarão nas horas para amanhecer...
Vazio.
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Comentários
Lápis, Um vazio expressado
Lápis,
Um vazio expressado com tantas belas construções poéticas,que ricamente a tua poesia possui e nos conduz a uma leitura fascinante pelo o universo do grande poeta que és e como a tua poesia é magistral !!!
Sou uma leitora assídua da tua poesia e é muito bom voltar a ler-te novamente
R
Muito me honra a tua apreciação, obrigado.
R:
Se há comentários que honram, de facto o seu Alex, ultrapassa a fronteira do meramente simples...
"Òdiamo-nos" mutuamente mas quero que fique claro e gostava de dizer a toda a gente do site como já o disse a si em particular...
Alex_Moraes, está noutro plano, num plano que muitos ousam mas não conseguem alcançar.
Reduzir a expressão da escrita do Alex a este site não passaria disso mesmo, de uma expressão redutora.
Alex_Moraes, ( e não te estou a fazer favor nenhum, já te disse particularmente), como tambem já o referi publicamente aqui, está a um nível só conseguido por grandes escritores de granja mundial e isto porque o que escreve, aparte de todas as asserções oníricas e dos riquissimos campos filo-metafóricos, sai-lhe em bruto, de dentro, com uma "complexidade" que emana um poder transcendente...ele fere, corroi, esfola a carne e parte o osso, depois sara as feridas num complexo jogo crú, quando simplifica o universo com a questão que advêm da sua escrita e que nos inflige no pensamento a pergunta : " e tu...nunca te sentiste assim?",
Há uma vicio mágico uma paleta de sentimentos que vão do afago ao ódio, da paz á guerra, do amor ao desamor, da tristeza á catarse da mesma, e ao renascimento do mundo onde existe sempre a questão, a dúvida e a resposta.
Se há alguem que este site devia promover, lançar e dar a conhecer é sem dúvida este fabuloso escritor que eu "odeio".
Não só porque ele merece...
Mas porque o mundo merece.
Abraço com muito "ódio"