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Perder o Sul
Sul
Cálido, nu…estéril.
Mudo a rota dos sentidos num voo breve só de ir.
Cardos ventos frágeis em minh’alma desertam desobrigados do adeus.
No ar grisam andorinhas estonteando esboços mágicos e poeira magra e fina.
Rupestre intuição quando o antever perfuma o ar de viagens ao nunca mais.
Desbragado ao som da horas o meu hino envilece o riso…
Sempre me deram razões vadias para rir sem alegria.
Agora tu ás horas do meu rum…
Deste norte aos meus dedos sós.
Rum
Amigo
Delira alto
A bocejar
Um escorrego
Desta noite
Agrilhoada
Nos teus propósitos
De me ser
Eternamente
Fonte ébria
Sóbrio
Despertar…
Tuas mãos de seda
No tempo
Que me prende e
Desata leve
O nó da alma
Que se fez laço
Embrulho…
Do nosso corpo
No teu leito
Acostumado
E eu…
Que não sabia
Onde o quente
Te cabia
E que o amor
Nos fazia…
Dei por nós
Consumados.
Depois rum…
Rim
Ri
Rubor
De fazer gelo
Para esfriar
O pulso
A face
O lábio
O torpor…
Tentar…
Ser um pouco…
Mais
Que amar…
Sul
Cálido, nu…estéril.
Mudo a rota dos sentidos num voo breve só de ir.
Sempre me deram razões vadias para rir sem alegria.
Agora tu ás horas do meu rum…
Deste norte aos meus dedos sós.
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Comentários
Re: Perder o Sul
Subscrevo o comentário da Inês!!!
Bom poema Lápis!!!
:-)
Re: Perder o Sul
Muito belo.
A forma como inicias e como terminas sempre me encanta.
BEIJO.
Re: Perder o Sul
Belíssimo, este poema.
Gostei muito de o ler.
:-)
Re: Perder o Sul
"Desata leve
O nó da alma
Que se fez laço
Embrulho…
Do nosso corpo
No teu leito
Acostumado
E eu…
Que não sabia
Onde o quente
Te cabia
E que o amor
Nos fazia… "
É sempre maravilhoso mergulhar nas tuas palavras, Lápis!
Poema, após poema, sempre consegues cativar a minha atenção, sem nunca caires no comum...
Fantástico, sempre!
Beijinho em ti!
Inês