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Da paixão dissidente
Naturalmente que vais…
Partida metades dentro na melancolia de fragmentos ásperos.
Na tristeza dos bocados que ficaram presos a ti, vi tuas saias esfarrapadas na bruma dos quadros vivos.
Não me podes as garrafas nem o lobo das palavras ás horas clandestinas onde a lua uiva silêncios cegados de solidão.
São cedros amor, são cedros…
Florestas dissidentes, sementes de cobardia por não te querer amar.
Naturalmente que vais…
Entrecortados arbustos, labirintos que não nos trazem o caminho do abraço.
Sei-nos miséria.
Ladrilhos sujos de malte porque pintei de sangue o chão no bar das minhas madrugadas.
Será que vais naturalmente?
Vi-me criança nos teus braços, chorei os teus olhos baços, rezei para não cair…
Naturalmente que vais.
Por detrás das minhas garrafas, beatas, cinza e lembranças esqueci o nome da nossa rua.
Dei-te á noite um vento frio num porto de barcos fantasmas onde não mais aportei.
Esqueci-me no desapego que o teu amor em apelo, são noites que desprezei.
Naturalmente que vais…
Mulher de saia esfarrapada, lua quarto minguante, garrafa que não bebi…
Vai minha paixão afastada, quem sabe encontres a estrada onde um dia nos perdi.
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Poesia :
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Comentários
Re: Da paixão dissidente
"Na tristeza dos bocados que ficaram presos a ti, vi tuas saias esfarrapadas na bruma dos quadros vivos.
Não me podes as garrafas nem o lobo das palavras ás horas clandestinas onde a lua uiva silêncios cegados de solidão"
(...)
"Mulher de saia esfarrapada, lua quarto minguante, garrafa que não bebi…
Vai minha paixão afastada, quem sabe encontres a estrada onde um dia nos perdi."
Ai Lapis, lapis...
Ler-te é mesmo um prazer! Sem me querer repetir, só espero q um dia vejas este imenso talento devidamente reconhecido! Tu não escreves... tu ESCREVES!
Beijinho grande em ti!
Inês
Re: Da paixão dissidente
Olá lapis.
ão posso deixar de fazer referencia a mais um esxcelente escrito.
Não sei se há algo que aqui tivesses colocada que eu nao tenha lido.
Posso dizer que é uma forma de escrever que aprecio é por isso sempre um prazer ler..
De paixão dessidente todos vivemos um pouco em algum momento.
Abraço
rainbowsky
Re: Da paixão dissidente
Há poemas que erguem perguntas, há poemas que declaram a qualidade, o ser de uma forma de ser e há aqueles que contam histórias como este.
"Florestas dissidentes, sementes de cobardia por não te querer amar." (...)"Vai minha paixão afastada, quem sabe encontres a estrada onde um dia nos perdi.
"
Não posso deixar de lamentar o que foi afastado e se perdeu. Um dia eu fui aquela que versejava sobre o abandono sofrido, por uma vil cobardia.
E contudo...se não houver um vazio como encontrar o que preenche de forma mais perfeita e solar?
Gostei do poema.
:-)