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A lenda de Enoah - Capitulo 12

Quando o 2º dia de viagem amanheceu, Percival estava torcido, dorido e agarrado a um ramo, de olho semi aberto.
Não havia dormido nada, ao contrário de Enoah que apresenta uma invulgar frescura fisica.
No solo, prefeitamente desperta, a filha da montanha atava o cabelo atrás, em forma de rabo de cavalo e num tom irónico,ameaçou:
-Vamos a acordar Princepe. Antes que o pequeno almoço se estrague!
Foram precisos alguns momentos para que o Lord recuperasse a compostura e a custo, juntou-se á jovem no solo.
Os cadáveres das feras que os atacaram a noite passado, jaziam sobre o brilho forte dos primeiros raios de sol. Percival, esforçando-se por os ignorar, guardou a espada que mantivera colada a si e com um olhar terno e complacente, argumentou, num tom de voz lacónico:
-Em marcha, ou não chegaremos a tempo a Orkutt.
-Chegaremos, isso é certo.
O sorriso de confiança da jovem, só foi ultrapassado em importância por algumas plantas verdes enroladas, que a jovem comia àvidamente:
-Que comeis?
-Puctura. Uma planta agradável que crua, sabe a carne!
-Como é isso possivel?
-Provai.
Num gesto carinhoso, levou as pontas dos dedos à boca sedenta do Lord, que não recusou,fitando os olhos brilhantes dela:
-Tendes razão, é apetitoso!
-Claro que é...podeis parar de me lamber os dedos!
Atónico, Percival corou motivando o sorriso simples da jovem, para de seguida ela responder:
-Gosto de vós, sem esse ar petulante!
Durante a caminhada de duas horas, as palavras dela ecoavam na mente dele, e enquanto ele seguia àvidamente os passos que ela deixava no manto verde, à medida que caminhava, relembrava o corpo dela nu, na noite passada.
Para Enoah, tudo era um bocado mais complicado. Inadvertidamente lançara feitiços com os seu olhar da tribo, mas por qualquer razão Percival mantinha-se alheado do feitiço. Mas ao mesmo tempo, saber-se protectora daquele homem, que quando estava em dificuldades, assumia um ar tão ctivante, tão eternecedor, mexia com ela.
A tres horas de caminho, Enoah estacou de subito e inadvertidamente agachou-se assumindo a posição de um animal de quatro patas. Percival, procurou esconder-se atrás de um tronco forte.
Farejando o ar, como se de um animal se tratasse, Enoah, fechou depois os olhos e sondou os arredores, com a meditação da tribo. Qualquer som, por mais pequeno que fosse, era-lhe perfeitamente perceptivel. Estudava o vento, o ar, o balançar dos ramos, os barulhos dos grilos, os sons longinquos de passos de animais que os seguiam, distantes, e de subito encontrou o que procurava. Um respirar timido, quase vago a alguns metros dali.
Sacando a Adaga, fez sinal a Percival e prontamente assumiu a invissibilidade, deixando Percival atento as pegadas que ela deixava no manto verde da Floresta.
Uns minutos depois um assobio estridente, que Percival reconheceu pelo tom, lançou-o na direcção das pegadas.
A poucos metros, já com forma visivel, Enoah acarinhava a cabeça de um cavalo branco, tombado ferido no solo:
-Está morto? - Percival estava preocupado em analisar a sela do cavalo.
Enoah, pegou gentilmente na adaga, percorreu o peito do cavalo com a mão, enquanto murmurava algo de inatingivel para o Lord e subitamente espetou a adaga, a poucos centimetros do pescoço, fazendo o cavalo relinchar uma ultima vez:
-Agora está! Ele estava a sofrer. Não duraria muito e provávelmente seria comido vivo pelas feras do bosque.
Uma lágrima rolou decidida na face amargurada de Enoah, fazendo com que o seu companheiro de aventura, se aproxima-se e sem perceber como, abraçou-a com força, segredando:
-As mortes acabarão, prometo-vos!
Instintivamente, os lábios dela procuraram os dele e assim permaneceram alguns minutos, até que Enoah caindo em si, afastou-se decidida e mudando o assunto, inquiriu:
-Reconheceis a montada?
-Efectivamente - Percival mostrava-se confuso e atordoado.
-Do reino?
-De Gambinus. Provávelmente o pajem ou um espião.
-Se a montada está aqui....- Os olhos de Enoah pesquisaram os arredores
-Ele não pode estar longe!
-Ou os restos dele.
O Sangue no solo era confuso e temendo o que pudesse encontrar, Percival sugeriu:
-Não podemos perder tempo, Enoah. Temos de avançar até aos campos de cultivo de Orgutt, antes que a noite caia e eu não sobreviverei a outra noite numa árvore
-Efectivamente, tendes razão. Nunca o poderiamos salvar.
-Talvez tenha sido o grito que ouvimos. As feras sempre o apanharam.
Acenado a cabeça, Enoah apontou delicadamente para o dorso do cavalo, onde três flechas permaneciam bem cravadas na carne do animal.
-Não somos os unicos por aqui. Temos de redobrar a atenção!
Percival admirado pela argúcia e subtileza de Enoah, acenou com a cabeça, e dando-lhe a mão num sinal de confiança de confiança, levou-a para o interior da floresta de Arkhan.
Não poderiam perder um minuto sequer!

--------------Fim capitulo 12

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sexta-feira, maio 14, 2010 - 23:19

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Mefistus

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Re: A lenda de Enoah - Capitulo 12

Mais... :-)

Clarisse

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Re: A lenda de Enoah - Capitulo 12

E finalmente... tchan tchan tchan tchan...
O esperado BEIJINHOOOOOO!!!
estava a ver q não!!
Enoah é de facto apaixonante e eu confesso-me apaixonadissima pela trama e por cada um dos personagens!!!
Ler-te é um vicio delicioso!
Tens de fazer uma triologia q eu não me consigo mentalizar q ja faltam poucos capitulos para o fim... pleeeeasssseeee
Beijinho em ti!
Inês

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