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A Lenda de Enoah- Capitulo 19

Orgutt era um reino demasiadamente evoluido. Todo o interior era estéticamente perfeito e as habitações dos Gentios, mesmo na zona mais pobre do reino, deixavam antever um requinte na construção.
Em vésperas da noite da Grande peregrinação, a azáfama de mercadores, que iam chegando a um rittmo alucinante, transformavam o centro do reino, numa das capitais mercantis mais importantes de Rohrr.
De rosto escondido pelo capuz da tribo, Enoah havia se separado temporáriamente de Percival, sabendo que era mais dificil o reconhecimento por parte dos guardas de Orgutt, se se mantivesse afastada.
Tinha igualmente plena consciência que eles procuravam, ou estariam atentos a dois seres, e que no meio de tanta gente, os dois separados não seriam alvo de reparo.
Para além disso, Enoah tinha a facilidade de se misturar com os habitantes do reino e apesar de não dominar o Arkhanês, apenas usado em Orgutt, era sincera na convicção de que, quem a ouvissea tomasse por uma mercadora estrangeira.
A chegada a Orgutt não havia sido fácil, mas após reconsiderar em usar a caravana de Lucius, caminhar tranquila ate ao interior do Reino deixando o cavalo da carroça de Lucius para Percival. Ela temia que os guardas pudessem reconhecer a caravana de Lucius e já haviam usado da artimanha de camuflagem diante da patrulha que surgiu decidida a procurar os seus vestigios.
Sim, ela sabia que eles estavam avisados da sua presença, teria pois que ter algumas cautelas.
Por seu lado Percival, mais atento á guarda do palácio estranhou o pouco contigente que Pretorius colocava na cidade. Onde estaria o grosso do exército?
Encolhendo os ombros e misturou-se com a população e tentou acercar-se da principal guarita dos soldados, a fim de lhes estudar os movimentos e horários.
Não possuindo a habilidade inacta de Enoah em se misturar, Percival quedou-se num canto e tentou absorver toda a magnificiência de um Reino onde jamais havia entrado.
Orgutt não era como ele havia imaginado. Era muito melhor e mais imponente. Vista de dentro, a grossa muralha fortificada, como que inibia qualquer tentativa de ataque.E os arqueiros atentos nas cesteiras, mostravam que qualquer tentativa de aproximaçáo frotal, dificilmente seria bem sucedida.
Mas agora era já bastante tarde para recuos e tudo estava dependente deles. Aproximava-se a hora final e o que mais incomodava o espirito do cavaleiro, era não ter noticias de Ischtfall. Estaria Leopoldo II a caminho?
Enoah tomaria posição e estudaria Pretorius e ele estudaria o restante exército, esperançado que Leopoldo II, mantivesse o seu plano.
Faltava um dia e em breve, o tempo o diria se seriam bem sucedidos.
Enoah abandonara o pensamento do tempo decrescente desde que ultrapassara os grossos portões de Orgutt. Nunca a filha da montanha havia estado em Orgutt e nunca estivera tão perto de realizar os seus intentos. Lutava não por Leopoldo II, mas pelo seu povo e desejava que o dia D chegasse o mais rapidamente possivel.
Na verdade a imponência do que via assustava-a e meditava se Leopoldo II e o seu fraco exército poderia ser bem sucedido, mesmo sem Pretorius no poder. Mas mesmo que ele fosse vencedor, será que ele mereceria tal herança? Ischtfall comparado com Orgutt era um ponto muito pequeno. Bom, mas a rainha merecia. Ela seria justa para com os vencidos.
Surpreendentemente deu consigo a relembrar o modo como a rainha montara o rei, os seus caracois dourados o seu peito nu.
Num aceno de cabeça, Enoah concentrou-se em Pretorius. Ainda não o vira, ainda não lhe sentira o olhar e já admirava a sua destreza na construção do reino. Seria certo ela matar alguem assim tão brilhante?
Num suspiro meditativo, Enoah avançou até á grande estátua de um Deus qualquer e contemplou atentamente os ramos de flores e outras oferendas que os crentes deixavam esclamando entre dentes
"Como são irracionais os homens perante falsos Deuses!". Acenando a cabeça, a filha da montanha apalpou a cintura, e sentindo a adaga ansiosa por ser usada, caminhou segura até ao local onde cuidava que Pretorius estaria.
-O tempo passa a voar , quando lhe prestamos a devida atenção.
Murmurou Pretorius encarando a multidão que se apinhava diante da estátua do Deus Rahr.
-Perdão, majestade?
-O tempo é um fardo curioso. Distrai-nos quando não estamos ocupados e stressa-nos quando dele dependemos.
-Perfeitamente, majestade. - Concluiu o seu General convictamente.
-Tudo está tão perto e simultaneamente tão longe....Tendes noticias dos dois?
Como que despertando do carácter filosófico e monosílabo do seu rei, o general negou:
-Nada foi encontrado, majestade. O ataque deveu-se mesmo às feras, contudo as mesmas já não foram avistadas nas redondezas.
Detendo momentaneamente a vista nas gentes que circulavam no reino, como que observando algo em particular, Pretorius acabou por comentar:
-Interessante. Deveras interessante esse subito surgimento das feras.
Aprumando à pressa a aba do seu casaco, o auto intitulado futuro imperador de Arkhan, dirigiu-se para o exterior do Castelo, soltando um elucidativo:
-Acompanhe-me General, creio vir a precisar de si.
O Dia principiava a falecer sob Orgutt.

--------Fim do antepenultimo capitulo

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segunda-feira, junho 28, 2010 - 09:53

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