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Sonho de um Jardim de Vida - Parte I

Ela navegava na internet, procurando alguém que soubesse escutar os seus sentimentos, sem a conhecer pessoalmente. É mais fácil não se sentir só no meio da multidão do que ela pensava.
Encontrou gente para todo o tipo de assunto, mesmo para falar de sexo, mesmo para sexo virtual… não era isso que ela procurava; outro, apenas para conversar, outros para uma possível amizade… Amizade, uma palavra traiçoeira para ela, mas muito mais perigosa, quando é posta em prática numa relação. Iria ela encontrar alguém que saiba o que é amizade verdadeira? Seria assim tão difícil encontrar a alma gémea? Seria ela capaz de lidar uma nova experiência… depois de tudo por que passou? Poderia ela chamar a isto uma nova experiência?
Eles disseram olá num site de amizade e trocaram endereços electrónicos. Depois falaram sobre os seus hobbies, partilharam fotos e ela simpatizou com ele.
Juntando o seu interesse em conseguir um emprego na cidade onde ele vivia com o de conhecer outras cidades e conhecê-lo a ele também, ela disse-lhe que gostaria de o ter como guia numa volta pela cidade. Ele prometeu-lhe uma volta na sua mota e que iriam divertir-se muito.
Um dia, ainda de madrugada, ela estava a preparar-se para ir trabalhar, quando ele lhe mandou uma mensagem escrita por telemóvel, desafiando-a para pedir uma dispensa no trabalho.
“Tarde demais”, disse ela, triste mas decidida.
Contudo, eles marcaram um encontro para essa tarde e, quando ele chegou, foi a sua vez de lhe mostrar que era tarde demais: ele trazia apenas um capacete. Ela engoliu em seco, mas compreendeu: todas as suas propostas de aventura se tinham desvanecido quando ela disse não.
Eles passaram algum tempo na esplanada de um pub , bebendo uns refrigerantes e ele mostrou-se cansado. Por sua vez, ela viu que estava aborrecido e propôs-lhe que fosse para casa, o que ele aceitou com algum alívio. A despedida foi tão fria que ela pensou que nunca mais o tornaria a ver… não até ela ter recebido uma mensagem dele dizendo-lhe que ansiava encontrar-se de novo com ela. Ela “foi à Lua”! Foram as palavras mágicas que fizeram nela crescer uma esperança. Quão longe teria ido ela ao gostar dele? Seria a ânsia de um reencontro a ignição para tão estranhos sentimentos? Mesmo de uma forma omnisciente, ela não conseguia definir o que estava a acontecer.
E ela sonhou com ele… e as asas da sua imaginação abriram-se para uma nova aventura: uma história de amor.
Após tantos adiamentos, ela quase desistiu de esperar por um reencontro. Ela deixou de acreditar nas palavras dele – palavras que, há pouco tempo atrás, enchiam a sua alma de esperança.
Os seus tempos livres eram passados a ler, escrever e a ouvir música. Um dia, a sua leitura foi interrompida pelo alerta de uma mensagem no seu telemóvel. “Deixa ver quem será…”, pensou ela. Era ele! Ela nem podia acreditar. Estaria a sonhar? Não, era bem real e dizia: “Hi babe girl, Alex’s here. Are you at home? If so, come to your window. See you very soon! ”
Os seus olhos abriram-se num sorriso de alegria, ainda antes de ela chegar perto da janela. Olhou para baixo e viu uma mota vermelha. “É dele, mas… onde está ele?”, pensou. Os seus olhos percorreram a rua, mas não conseguiu vê-lo. “Mas a sua mota está ali…”, pensou ela ao tentar descobrir onde poderia estar ele. Correu até à porta, decidida a sair para tentar encontrá-lo e, quando a abriu, viu-o à sua frente – um largo sorriso a envolver a sua boca e os seus olhos. Apesar das conversações terem sido em inglês, daqui para diante, os diálogos serão escritos em português.
- Não vais dar-me um abraço? - disse-lhe ele. Ela não esperou para ouvir outra vez e atirou-se para os seus braços e mantiveram-se abraçados durante alguns momentos.
- Que tonta - exclamou ela - entra Alex, vou mostrar-te o meu apartamento - ela receava ter estado abraçada a ele tempo demais.
- Alguma pressa nisso? - perguntou-lhe ele, puxando-a novamente para os seus braços - Eu vim para te ver e não ao teu apartamento. Para isso temos tempo que sobre e ele não é assim tão grande. Para te ver, para estar contigo, todo o tempo que temos é pouco, não achas?
Ela sorriu e o seu sorriso disse muito. E era sobre isso que ele estava apreensivo – não tinha a certeza… ainda não. Ela viu a sua apreensão e o seu sorriso desapareceu imediatamente.
- Oh não! Não estas triste de novo, pois não? Estás triste por me ver ou triste apesar de me veres? Esta cara bonita nasceu para ser feliz! O que está a aborrecer-te? - ele não iria parar até que ela lhe respondesse.
- Temo que não vais ficar tanto tempo como eu gostaria… - respondeu ela.
- Bem, eu tenho um mês inteiro… - disse ele.
- E vamos estar juntos todo esse tempo? Isso será óptimo!!! - desta vez ela sorriu também com o olhar.
- Todo o tempo que tu queiras, querida. Não vais cansar-te de mim?
- Cansar-me de ti? Estás a brincar? Isto é uma das melhores notícias que eu poderia ter!
- E quais seriam as outras? - perguntou ele. Ela sorriu envergonhada e ele podia compreender - Está bem, querida, tu contas-me mais tarde. Bem, eu terei que ir a Aberdeend algumas vezes, por causa do meu trabalho, mas eu espero que possa contar contigo ao meu lado a toda a hora! Estás pronta para uma boleia na minha mota?
- Estou mais que pronta. Mas, sabes, ainda estou a pensar se tudo isto não será um sonho…
- E se for…
- Não quero acordar nunca mais!
Ambos riram. Eles estavam felizes por terem um mês inteiro para estarem juntos. Abraçaram-se de novo e, desta vez, por mais tempo, com mais força e calor, olhos fechados, como se estivessem a viver um sonho – o mesmo sonho.
Depois, ele agarrou-a suavemente pelos ombros, afastou-a um pouco de si e fixou o seu olhar, em silêncio. Contudo, este silêncio falou mais alto e, de repente, como uma autorização mútua e uma força magnética entre eles, as suas faces aproximaram-se e os lábios dela receberam dos dele um doce, quente e profundo beijo. Nesse momento, nada mais existia, apenas eles. O mundo parou enquanto eles se saboreavam e vivam aquele delicioso momento. E não me atrevo a dizer quanto tempo este momento durou.
- Bem, quando nos começamos a divertir? O que queres fazer agora? - perguntou ele, finalmente.
- Já nos começamos a divertir! - respondeu ela.
- Não: nós estamos a usufruir um do outro. É diferente!
- Não podemos fazer as duas coisas ao mesmo tempo?
- Tens razão, mas agora… - ele pegou nela e levou-a para o sofá e, durante alguns minutos, ele percorreu a sua face, com as pontas dos seus dedos, sentindo a suavidade da sua pele e, depois, distribuiu doces beijos por todo o seu rosto, acabando nos seus lábios com um profundo e apaixonado beijo, envolvendo as suas línguas de uma forma exploradora. Após isso, ele levou-a para o quarto, onde continuaram a longa jornada de amor. Tudo isto aconteceu sem uma única palavra acerca dos seus sentimentos e ela tinha a certeza quais eram os seus, mas… e ele? Como poderia ela saber? As palavras não saíam e ela não conseguia fazer com que tal acontecesse. Ela pensava como começar. Nos olhos dele, ela conseguia descortinar torrentes de paixão, mas… até ao amor… pensava ela que ainda iria uma grande distância.

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quinta-feira, julho 16, 2009 - 20:30

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