O homenzinho

O homenzinho

O Homenzinho tremia de medo do futuro,
O homenzinho pequenino!

Podre até à alma,
Réptil da corte, rastejava, rastejava…

Pobre criatura capaz de alienar a liberdade
A troco de ultrajantes recompensas!

Por prudência cumprimentava toda a gente,
Não discordava de ninguém

Descarado e de barriga cheia
Aditava palmadinhas que rasgavam costas.

O vil proveito era júbilo obsceno na tasca dos abutres,
Fazia escárnio, dizia pulhas, e ria, ria com malvadez…

E ria, ria...
Embriagado com o desprezível triunfo, perdia a lembrança
Que nenhum contentamento dura para sempre.

(…com raiva a estourar, escarrei no homenzinho!)

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Wednesday, May 2, 2012 - 19:17

Poesia :

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topeneda

topeneda's picture
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Comments

Henricabilio's picture

intervencionismo

Nesta, como em outras selvas,
os abutres contentam-se com as sobras
das hienas.

Envio um abraç0o!

_Abilio

antonioduarte's picture

Amigo, que pensamento! que

Amigo, que pensamento! que atitude!...
Assim o dizes: "Pobre criatura"
Mas também, por certo haveria quem lhe fizesse melhor...
Felizes os pobres de espírito, pois para eles se abrem as portas do céu.
Um pensamento e peras heim? Quase que dava um livro; está ai, tudo o que é preciso, neste pequeno texto; por tal: Encobrem-se os designios e avançamos para a aventura!
Gostei de te ler pois que, mais, assim posso aprender.
Obrigado por partilhar é sempre um incentivo poder apreciar teus textos.

Abraço amigo.

Adolfo's picture

Samael

O homenzinho fez por merecer!

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