O azedume no vinagre ou rumo a Centauro-A

O azedume no vinagre ou rumo a Centauro-a

Somente à esterilidade de interesse que desperto e à vã utilidade do meu pretenso e super-tedioso saber terreno e terrestre, se pode dever a auto-falência e debilidade como filósofo, sábio e/ou pensador estelar, não tenho falácias supra que atravessem redes e vedros muros, pontes e sejam a salvação do Homem puro, dos espíritos mais rudes, dos mais endurecidos obscuros e azedos, nem gozo intimamente e seguro de pragmáticos sofismas que aumentem ou enalteçam a minha credibilidade como ser consciente, é vital um deve/haver sanitário saudável; possuir-se de Y, e despertar em X ou alfa, um sentimento de valência quase platónica e entusiasmo em redor do trigo, para que agite ao vento as espigas, o valimento ou invalidade epistemológica é uma variável indefinível, imaterial e etérea, efémera, como silencioso e solene é o trigo sem vento que o abane, a textura é secundaria, como do azedume no vinagre se fazer vida, qual não se quer num bom vinho de colheita de barrocal, assim é o meu sentimento perante a vida, a sensação interminável e inefável, que me arranca da realidade demasiadas vezes quando uso da doença inteligente da qual tenho de fugir, que é o pensar sem vitoria nem renuncia simbólica à vida, devo abster–me ou protagonizar expressões teoréticas plásticas de qualidade superior, ou apenas apostar na prosaica criação humana menos dolorosa e desprovida de sentimentos e de esforço, com que cada um, cada qual, pode sentir-se talentoso e reclamar percepção artista da mais solida estrutura possível, gerada num universo geracional, multi-dimensual verdadeiro e não falso, como este onde me encerro escrevendo, no azedume quântico do vinagre, no cafelo da parede branca, na ignorância quase orgânica destas pacatas quatro paredes de cela em papel paisagem, em nau difusa ou carruagem -"Wagon-lit" do - "Lusitânia Express" a prumo com Centauro a...b…c.
Os conceitos célicos divinos, dividem-se no matriz gestacional da mãe-Terra e dividem-me a nível subatómico assim como uma antiga ponte, por onde ainda ninguém passou e os vazios territórios em pousio, que havemos de acariciar, porque são nosso destino e não duvido, ser nosso também, o privilégio de olharmos continentes novos e navegar rios remotos, em eternos planetas frios, voar em solenes céus de outras áreas da Láctea galáxia.
A austeridade de palavras não me representa tão bem, como a ambiguidade caótica e nonsense das aparas de amável cortiça gerada no sobreiro ou carvalho soalheiro, representam para a verde azul, garrafa “Terra”, do ponto de vista da rolha ou na fortuita oportunidade, talvez avara de nos tornarmos galácticos, os juncos nas margens dos lagos para os peixes serviram de limite e ao escualo marítimo "de olhos vesgos" , simbólicas simbioses, perspectivas raras de "solha" e paisagens surreais servem as minhas sensações, como se fosse eu a decoração e o espaço astral, extra preenchido por algo inesperado, na "visão-de-lado", "e-de-fora", peixes lúcidos e espaciais, solhas verdes-ervilha pejam a minha alma de vida e formas místicas, químicas, tal como eu as sinto, claras, nítidas e unidas como que por um elo quântico "nonsense" físico e astral, assim foi o nosso passado e será assim o nosso futuro planeta Taurus, de solenes céus e agradáveis cearas ondulando ao vento forte... 

Joel Matos 03/2019
http://joel-matos.blogspot.com

Submited by

Friday, March 29, 2019 - 09:01

Ministério da Poesia :

Your rating: None Average: 5 (1 vote)

Joel

Joel's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 8 weeks 5 days ago
Joined: 12/20/2009
Posts:
Points: 42009

Comments

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Add comment

Login to post comments

other contents of Joel

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Ministério da Poesia/General Igual a toda'gente... 287 5.992 03/30/2019 - 11:10 Portuguese
Ministério da Poesia/General À excelência ! 160 7.946 03/30/2019 - 11:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Contraditório, só eu sou... 181 5.549 03/30/2019 - 11:07 Portuguese
Ministério da Poesia/General Cuido que não sei, 172 23.297 03/30/2019 - 11:05 Portuguese
Ministério da Poesia/General “Semper aeternum” 211 15.298 03/30/2019 - 11:04 Portuguese
Ministério da Poesia/General Sei porque vejo, 222 6.602 03/30/2019 - 11:04 Portuguese
Ministério da Poesia/General O poço do Oráculo… 30 1.711 12/02/2018 - 18:39 Portuguese
Ministério da Poesia/Intervention (Os Míseros não Têm Mando) 17 18.024 12/02/2018 - 18:34 Portuguese
Ministério da Poesia/General Canto ao dia, pra que à noite não… 19 690 12/02/2018 - 18:13 Portuguese
Poesia/General (Meu reino é um prado morto) 24 7.337 12/02/2018 - 18:04 Portuguese
Ministério da Poesia/General Canção Cansei 24 3.807 12/02/2018 - 18:02 Portuguese
Poesia/General Tenho um conto pra contar 16 3.175 12/02/2018 - 18:00 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism não sei quem sou 21 5.374 12/02/2018 - 17:58 Portuguese
Ministério da Poesia/General Prazer da busca… 17 1.754 12/02/2018 - 17:56 Portuguese
Ministério da Poesia/General Com a mesa encostada aos lábios… 12 2.191 12/02/2018 - 17:47 Portuguese
Ministério da Poesia/General Porque Poema és Tu 22 2.614 12/02/2018 - 17:47 Portuguese
Poesia/General Nêsperas do meu encanto… 16 3.989 12/02/2018 - 17:45 Portuguese
Ministério da Poesia/General Natureza viva 13 2.470 12/02/2018 - 17:44 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism aresta ou 10 8.872 11/28/2018 - 16:38 Portuguese
Ministério da Poesia/Dedicated teresa dia bom 12 4.937 11/28/2018 - 16:35 Portuguese
Ministério da Poesia/Gothic ragon 10 12.712 11/28/2018 - 16:33 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism par 10 8.241 11/28/2018 - 16:27 Portuguese
Ministério da Poesia/Dedicated Joel 10 6.325 11/28/2018 - 16:26 Portuguese
Ministério da Poesia/Dedicated Vanda 11 22.894 11/28/2018 - 16:23 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism comentarios 10 3.480 11/28/2018 - 16:20 Portuguese