Reflexões das cinzas
No fulgor dos vulcões, a vida anima.
Íntima, ardente a chama ilumina.
A água e o fogo se encontram em novas correntes.
Queimam e vaporizam no ar as queixas
Que não te deixam voar.
Cinzas lançadas pelo vento
São a morte do não desprendimento.
Rompem-se à pressão do fogo
Descem na gravidade da exclusão.
Todo o mal é tendêndia à inferioridade.
O fogo elege o que será para a eternidades.
Almas em cinzas, devoções do pecado.
A vida ensina o caminho ao sábio.
Corações em crateras de extinto amor,
Onde a lva reserva preencher toda a dor.
Todo o fogo é necessário para provar o que é bom.
O calor segue o rastro aberto pela oração.
O céu e o inferno são extremos que se encontram
Na grande volta da vida
Para o fogo do que for vão se alimentar.
O meu olhar paira no alto
Vê o fogo decidid, voraz e impiedoso.
Desce logo de volta ao abismo
E devolve-nos em pó tudo o que foi consumido.
Crescem as formas incautas, as almas das ribalta...
Negror expelido como fumo do abismo.
Nascem sombras, enraiza-se o carvão nos passos.
Mortes em cruzes longitudinais e latitudinais.
A esfera rompe gótica nova cátedra ao luar
Reflitimos sobre as cinzas...
Deus me pergunta:
E aí o que restou de ti? o que vês?
Ao que respondo:
Vejo-me como sou desde que nasci.
Reflito-me no pó.
Volto-me, no melhor da minha estima, para as cinzas.
Bruno Resende Ramos.
Nasceu em Viçosa, Minas Gerais, aos 5 dias de março de 1969. Filho de Edir de Resende Ramos e João Lopes Ramos. Formou-se em Letras e Artes pela Universidade Federal de Viçosa e cursou Pós-graduação em Língua Inglesa.
Livros: Coletâneas "Poemas e outros encantos", "Contos e Crônicas para viagem", "Livre Pensar Literário", "Semeando idéias... Colhendo poemas", "Infância que te quero ter", e técnicos "Plantio Econômico e Prático de Eucalipto", "Combate às Formigas - Cortadeiras".
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