Fim avarandado

Os cascos da besta sempre esfolam as costas
Até a espinha pedinte de ajuda...
Atravancar macabra na mortalha tangível
Como pés cárceres de botas que pendem equilibram
Um corpo na gravidade pesada.

Na finura dum toque
Órgãos e órgãos acariciam o instrumento do corpo.

Escritor de linhas vivas e frases presas à realidade
A lembrança ensina o rumo certo do erro
Acabar diz ao tremor na palidez da solidão
Explorar toda a sucumbência

A poesia é a ponte que separa dois vazios
Na travessia linguagem
Pilar poeta a ermo permanecente do meio

O gosto sentido da presença das coisas
Matérias ou imateriais...
Enfim
Algum silêncio parado cativa seduz

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Tuesday, December 15, 2009 - 19:22

Ministério da Poesia :

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Alcantra

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