Uma noite na morte

O amor jamais dançará com a distância,
Mas sim,
Na harmonia escura calçada em lágrimas notívagas

&
Quando em quando
Gestos na maquilagem
Sussurram na face uma delicada e suave polidez

Um sorriso que enche o vazio e o solitário,
Uma imagem baleada sangra uma memória
Beijos de flores de infinitas cores
Secam e encontram o espírito na escuridão

Qual escolha fomenta desejos e nostalgias?

Ela escolheu sem pensar seu toque,
Sua palavra e sua mundana eufratiana tristeza

Nesta terra planta-se alguma forma de ver na vida
As dores que um corpo ou essência pode causar

As lembranças saltam em jardins da história

Quantas vezes o choro espera a tempestade
E quantas vezes mais a ânsia aguardará calmamente a chuva passar
Que da varanda as mãos lutam contra as grades dos pingos

As escadas trazem torneadas pernas

Estar triste
Estar triste agora

Estuda-se roupas
E roupas descobrem perfeitos corpos na odisséia da sensualidade

O feitiço é lançado e a magia habita com prazer a saudade
Quando houve o salto da liberdade de dois amantes
Um diamante se partiu

Na cama só o quarto pode explicar

Que mesmo com o coração machucado
Ela botou borboletas vivas voando em nossa cama.

Submited by

Tuesday, December 15, 2009 - 19:30

Ministério da Poesia :

No votes yet

Alcantra

Alcantra's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 10 years 8 weeks ago
Joined: 04/14/2009
Posts:
Points: 1563

Add comment

Login to post comments

other contents of Alcantra

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Ministério da Poesia/General Duas paredes 0 1.338 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Sede dos corpos 0 1.278 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General O lixo da boca 0 1.363 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Virgem metal 0 2.933 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Carne de pedra 0 1.595 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Fim avarandado 0 1.663 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Dentro do espelho 0 1.403 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Um destroçado sorriso 0 1.912 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Anestésico da alma 0 2.159 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Fita laranja 0 1.617 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Caro insano tonto monstro 0 1.085 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Assaz lágrima ao soluço 0 1.312 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Sítio da memória 0 1.306 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Aeronave de Tróia 0 1.605 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Barro frio 0 1.600 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Lutolento 0 2.335 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Não 0 1.143 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Da vida não se fala... 0 1.002 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Jesuficado 0 1.831 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General O carisma do louco 0 1.517 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General O sonho é a visão do cego 0 2.102 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Manhã infeliz 0 1.548 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General O veneno da flor 0 1.091 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Olhos 0 1.454 11/19/2010 - 18:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Silêncio esdrúxulo 0 1.418 11/19/2010 - 18:08 Portuguese