A maior flor do Mundo (José Saramago)
A maior flor do mundo é uma magnífica história para crianças, mas, antes de tudo, é um legítimo Saramago. Transformando-se em personagem, o autor nos conta que uma vez teve uma idéia para um livro infantil, inventou uma história sobre um menino que faz nascer a maior flor do mundo. Não se julgava capaz de escrever para crianças, mas chegou a imaginar que, se tivesse as qualidades necessárias para colocar a idéia no papel, ela resultaria verdadeiramente extraordinária: "seria a mais linda de todas as que se escreveram desde o tempo dos contos de fadas e princesas encantadas...".
É dessa fantasia de grandiosidade que nasce o livro. Os leitores são chamados para uma divertida brincadeira, pois Saramago narra-lhes a história do menino e da flor não como se ela fosse a história de verdade, mas como se fosse apenas o esboço do que ele teria contado se tivesse o poder de fazer o impossível: escrever a melhor história de todos os tempos.
Entrando no jogo com o autor, os pequenos leitores vão saber que ninguém nunca teve nem terá esse poder. Vão saber também que a literatura é o lugar do impossível: o menino desta história faz uma simples flor dar sombra como se fosse um carvalho. Depois, quando ele "passava pelas ruas, as pessoas diziam que ele saíra da aldeia para ir fazer uma coisa que era muito maior do que o seu tamanho e do que todos os tamanhos". Como nos velhos livros de literatura infantil, Saramago conclui: "E é essa a moral da história".
Título Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ 2001, categoria criança.
"E se os contos infantis forem de leitura obrigatória para adultos?
Seríamos realmente capazes de aprender o que,
desde há muito tempo vimos ensinando?"
Jose Saramago
Escritor português, prêmio Nobel de literatura ano de 1998.
.
Submited by
Videos :
- Login to post comments
- 5868 reads
other contents of AjAraujo
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Dedicated | A charrete-cegonha levava os rebentos para casa | 0 | 3.161 | 07/08/2012 - 22:46 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | A dor na cor da vida | 0 | 1.420 | 07/08/2012 - 22:46 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Os Catadores e o Viajante do Tempo | 1 | 21.642 | 07/08/2012 - 00:18 | Portuguese | |
Poesia/Joy | A busca da beleza d´alma | 2 | 4.290 | 07/02/2012 - 01:20 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Amigos verdadeiros | 2 | 5.943 | 07/02/2012 - 01:14 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Por que a guerra, se há tanta terra? | 5 | 3.741 | 07/01/2012 - 17:35 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Verbo Vida | 3 | 7.053 | 07/01/2012 - 14:07 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Que venha a esperança | 2 | 8.695 | 07/01/2012 - 14:04 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Neste Mundo..., de "Poemas Ocultistas" (Fernando Pessoa) | 0 | 4.255 | 07/01/2012 - 13:34 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Do Eterno Erro, de "Poemas Ocultistas" (Fernando Pessoa) | 0 | 8.982 | 07/01/2012 - 13:34 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | O Segredo da Busca, de "Poemas Ocultistas" (Fernando Pessoa) | 0 | 3.333 | 07/01/2012 - 13:34 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Canções sem Palavras - III | 0 | 5.901 | 06/30/2012 - 22:24 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Seja Feliz! | 0 | 5.165 | 06/30/2012 - 22:14 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Tempo sem Tempo (Mario Benedetti) | 1 | 4.477 | 06/25/2012 - 22:04 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Uma Mulher Nua No Escuro | 0 | 6.225 | 06/25/2012 - 13:19 | Portuguese | |
Poesia/Love | Todavia (Mario Benedetti) | 0 | 4.364 | 06/25/2012 - 13:19 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | E Você? (Charles Bukowski) | 0 | 4.483 | 06/24/2012 - 13:40 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Se nega a dizer não (Charles Bukowski) | 0 | 5.271 | 06/24/2012 - 13:37 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Sua Melhor Arte (Charles Bukowski) | 0 | 3.510 | 06/24/2012 - 13:33 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Não pode ser um sim... | 1 | 5.537 | 06/22/2012 - 15:16 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Era a Memória Ardente a Inclinar-se (Walter Benjamin) | 1 | 3.951 | 06/21/2012 - 17:29 | Portuguese | |
Poesia/Friendship | A Mão que a Seu Amigo Hesita em Dar-se (Walter Benjamin) | 0 | 4.549 | 06/21/2012 - 00:45 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Vibra o Passado em Tudo o que Palpita (Walter Benjamin) | 0 | 7.017 | 06/21/2012 - 00:45 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | O Terço | 0 | 3.250 | 06/20/2012 - 00:26 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | De sombras e mentiras | 0 | 0 | 06/20/2012 - 00:23 | Portuguese |
Add comment