Monólogo socrático
Chuva que cai
na rua sem amparo
molhada…
Chuva que cai
na alma desalmada,
abrigada,
em recolhimento..
Reflexiva
em movimento
de um sentir apático.
Sorriso sarcástico
de pensares agitados,
concentrados
num interior encoberto.
Questionamento(s)
retórico(s)…
Monólogo socrático
caminho a descobrir
passos a medir,
prós e contras
de um sentir
avassalador
que desejo sem dor.
Palavras desordenadas
na mente…
Ordenadas na lógica
de segmentos de frases
sem preocupação
de lógica na pontuação.
Palavras em patamares
desiguais
sem sentido aos demais
com sentido no verso
desconexo
que hoje deixo em aberto
nos lençóis de água,
no trânsito frenético,
apressado,
em direção ao abrigo
edificado…
Via sacra.
Regresso a casa.
Suspiros.
Cansaço…
OF 15-11-11
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Comentarios
Querida amiga Um dia
Querida amiga
Um dia encontramos no caminho um ponto de interrogação. Uma a uma vão caindo as certezas.
Encontro-me, assim, em sintonia com os teus questionamentos. Isto por um lado.
Leio também, nas entrelinhas do teu poema
Monólogo socrático
caminho a descobrir
passos a medir,
prós e contras
de um sentir
avassalador
que desejo sem dor.
Dia a dia o teu sentido poético se torna mais avassalador!
Bjuzz
P/Teresa Almeida (Monólogo socrático)
Querida amiga: já tivemos oportunidade de falar pessoalmente sobre algumas das particularidades (se assim se pode chamar) dos meus escritos. Apesar de escasso tempo, tenho que ir ver aos portefólios dos poemas o que vou escrevendo; não raro é pensar "escrevi isto? Não tinha ideia nenhuma disto...".
Só para dizer que é necessário diversificar temáticas ou estilo se para tal houver "engenho e arte"...
Sabes que não posto por cronologia, tanto pode ser recente como mais antigo; vou escolhendo, por vezes ao acaso; só depois de ser divulgado e apreciado é que sinto que tem um qualquer valor!
E, sabes, só há poesia nas entrelinhas, como tu lhe chamas!
Obg pela tua sempre carinhosa presença!
Bjo, Teresa
A chuva caí, “Deixo-a cair
A chuva caí,
“Deixo-a cair em mim”
Palavras “foscas “que suspiram
(num desejo, que caí como a chuva, desce a rua…)
Gostei da tua poesia,
Que se interroga.
Beijo
P/MariaButterfly (Monólogo socrático)
Amiga MariaButterfly: grata pela tua presença e apreensão do poema...
Não será a própria vida que se interroga?
Não estamos sempre em constante ponderação, pesando prós e contras?
Afinal pensar não passa por meditar, por questionar...?
E todo o questionamento não tem por detrás o que nos rodeia seja físico, metafísico ou quejandos?
Foram mais (alguns) questionamentos...Apenas!
Bjo
Amiga, Gosto muito de ler-te,
Amiga,
Gosto muito de ler-te, sinto uma enorme identificação com a tua escrita, o fluir das tuas palavras inspiradas no caminho reflexivo, com senso de humor acompanhada de um cenário(história)...
Nesse poema a revelação de um "dia daqueles",que chove,paralizando o trânsito e chove interiormente,em pensamentos que levam ao monólogo socrático.
Muito bom!!
Beijinho
P/SuzeteBrainer (Monólogo socrático)
Amiga, Suzete: acho que também já te disse o mesmo, relativamente a essa identificação.
Este poema é isso mesmo: um discorrer num corre corre da chuva, da gente , da mente...
Agradeço sempre a tua visita de uma doçura sem preço!
Bjo