Beleza horizontal

Esta palavra proscrita,
se avançada a idade,
no rosto fica inscrita
trazendo infelicidade.

Corpo d´outrora beleza,
pele lisa, tez airosa.
No espelho da certeza,
havia sempre uma rosa.

Espinhos d´alma abafados,
corriam leves os tempos.
Dotes em tela aclamados,
coloridos os tormentos.

À beira rio sentada,
matutando na vã vida,
sua imagem espelhada
era já entristecida.

Fez-se luz na claridade
e a alma ressurgiu.
Sinal de maturidade
e a tristeza sacudiu.

Sempre tivera beleza,
no afeto que doara.
Fora sempre esta pureza,
a essência que ignorara.

A esse encanto se deu
e o corpo revigorou.
Afinal nada perdeu.
Por essa graça, orou!

OF- 26-11-14
Obra de Vincent Romero (ver em ttps://www.facebook.com/220754401274321/photos/a.911302425552845.1073741830.220754401274321/1011276045555482/?type=1&theater )

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Viernes, Diciembre 5, 2014 - 20:07

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Odete Ferreira

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