Tacto dulcífico
Nunca mais atacarás
Jamais tactearás
Ares expressivos duma ferida aberta
Ao sonâmbulo aguçado
Semblante dum rosto deitado ao gemido.
Viajante tempo incrédulo
Sem mentiras montadas ao suave,
Em leves falsidades estirpadas
Tentando encontrar uma fina brecha
Na estrela que esconde um nome,
Na noite que brinca inocente.
No em tanto
Tanto e tanto faz
Quantas vezes chorastes
Quiçá disseste
Aquém mais que aquém
Uma selvagem fera fora solta ao tumulto
Ao descontrole que não sabe rezar.
Uma prece pediste!
Uma Ave Maria saída duma boca mecânica imploraste!
Ouves?
Sabes?
E desceu correndo como criança
Que foge de seu próprio sonho.
Havia aí um som penetrante latejante?
Falar-te-ão,
Do enforcamento primaveral assustador
Da travessia imunda
De suma primazia do murmúrio
A vida é uma armadilha
Na qual
Viver ás vezes é insuportável.
Muitamente exultou sua oração tão muitamente
Gravada grávida pronta para parir
Sob uma piscadela desmaiada
Blablabando apareceste
Permanentemente estático
Largado imóvel
Deste sangue congelado em fria veia
Nervos tornam-se pedras
Um olhar um aço
Incapaz de dizer maleabilidades
Um cigarro negro flutuante em cantolábio
Mostrando a distanteamente
Beleza nua tímida delicada
Tem dias que esquecer é preciso
Minha morte bem concebida
Na intenção de minha sobrevivência
Fecunda tão quanto infecunda
Que aduz e jaz o espírito em mim
Submited by
Ministério da Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 1091 reads
other contents of Alcantra
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/General | Suspiro dessepultado | 0 | 2.413 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Uma página em branco | 0 | 1.061 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Tálamo do titilar | 0 | 1.459 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Tacto dulcífico | 0 | 1.091 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Depois | 0 | 1.879 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Palavra que soa e deixa de dizer | 0 | 1.067 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Laços da língua | 0 | 1.525 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Bocas que sangram | 0 | 1.473 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | De viés | 0 | 1.153 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Ziguezagueia destino ziguezagueante | 0 | 1.527 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | A cama e o sexo | 0 | 2.173 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Títulos Quebrados | 0 | 1.558 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Os trilhos estão indo... | 0 | 1.493 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | As trincas | 0 | 1.517 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Nu | 0 | 2.409 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Algo | 0 | 1.740 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Cabeça na mesa | 0 | 2.370 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | O manto e o inverno | 0 | 1.644 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | O que é... O que já não é (foram-se as emoções) | 0 | 2.382 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Avenidas de mim | 0 | 1.529 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | E... | 0 | 1.736 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Não sei... Não sou | 0 | 3.180 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Desnudo | 0 | 2.257 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Mares de mim | 0 | 1.726 | 11/19/2010 - 18:08 | Portuguese | |
Críticas/Varios | Worldartfriends - De volta à poesia | 0 | 1.455 | 11/19/2010 - 01:47 | Portuguese |
Add comment