CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Bocas que sangram

Pérfida natureza para com aspirações,
Desnorteante golpe de aríete
De súbita parada daquilo que um sonho tenta alcançar,
Ou, quiçá
Simplesmentemente uma ardente vontade que uma triste alma pode ponderar.

Pega-nos como mãos-atiradeiras de pedras,
Num segundo somos friamente lançados
Para um novo desespero quicante
Sobre a superfície dum lago que chamamos de vida.

Adiante, mais adiante fica quem sabe o destino,
Só que aqui paira o desatino
E num “desato de tino” somos emanados auriformementemente
De nossos corpos empalados
Num suplício onde o fado teima em nos espetar pelo ânus.

Escorraçados, pomos-nos em fuga
À espera de um milagre ao gentio cru
Na maledicência do imperfeito...
Tão perfeito cavaleiro que com braços fortes presos às rédeas
Forçam o bridão contra nossas bocas.
Somos o cavalo tentando lutar com nossos pescoços,
Incapacitados
Escarificados somos guiados
Por uma estrela que ainda não sabe dançar.

Tal falta de jeito
Conduz-nos em passos totalmente desritmados
Na eloquência da loucura do acaso
&
Tão
Novamente escorraçados, pomos-nos em fuga.

Submited by

terça-feira, dezembro 15, 2009 - 18:47

Ministério da Poesia :

No votes yet

Alcantra

imagem de Alcantra
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 10 anos 42 semanas
Membro desde: 04/14/2009
Conteúdos:
Pontos: 1563

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Alcantra

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Amor Soma de poemas 5 3.135 02/27/2018 - 11:09 Português
Poesia/Geral Abismo em seu libré 0 3.487 12/03/2012 - 23:35 Português
Poesia/Geral Condado vermelho 0 4.013 11/30/2012 - 21:57 Português
Poesia/Geral Ois nos beijos 1 3.050 11/23/2012 - 10:08 Português
Poesia/Geral Dores ao relento 0 3.291 11/13/2012 - 20:05 Português
Poesia/Geral Memórias do norte 1 2.387 11/10/2012 - 18:03 Português
Poesia/Geral De vez tez cromo que espeta 0 3.516 11/05/2012 - 14:01 Português
Poesia/Geral Cacos de teus átomos 0 2.844 10/29/2012 - 09:47 Português
Poesia/Geral Corcovas nas ruas 0 3.300 10/22/2012 - 10:58 Português
Poesia/Geral Mademouselle 0 2.714 10/08/2012 - 14:56 Português
Poesia/Geral Semblantes do ontem 0 2.488 10/04/2012 - 01:29 Português
Poesia/Geral Extravio de si 0 3.317 09/25/2012 - 15:10 Português
Poesia/Geral Soprosos Mitos 0 3.882 09/17/2012 - 21:54 Português
Poesia/Geral La boheme 0 3.558 09/10/2012 - 14:51 Português
Poesia/Geral Mar da virgindade 2 2.605 08/27/2012 - 15:26 Português
Poesia/Geral Gatos-de-algália 0 3.815 07/30/2012 - 15:16 Português
Poesia/Geral Vidas de vidro num sutil beijo sem lábios 2 2.792 07/23/2012 - 00:48 Português
Poesia/Geral Vales do céu 0 2.698 07/10/2012 - 10:48 Português
Poesia/Geral Ana acorda 1 3.068 06/28/2012 - 16:05 Português
Poesia/Geral Prato das tardes de Bordô 0 2.985 06/19/2012 - 16:00 Português
Poesia/Geral Um sonho que se despe pela noite 0 3.428 06/11/2012 - 13:11 Português
Poesia/Geral Ave César! 0 3.420 05/29/2012 - 17:54 Português
Poesia/Geral Rodapés de Basiléia 1 2.906 05/24/2012 - 02:29 Português
Poesia/Geral As luzes falsas da noite 0 3.317 05/14/2012 - 01:08 Português
Poesia/Geral Noites com Caína 0 2.778 04/24/2012 - 15:19 Português