CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Restolho Ardido…
Será na morte que os Homens se distinguem
Dos indistintos e de todas as vidas de causas
Poucas, indivisas quanto o espaço é apenas
Ígneo ou aço, d’resto é corpo ao rés do vidro
Baço, essa sim a perfeita realidade e o “para
Sempre” quando incendiado, será obra d’arte
Alusiva aos que nunca foram ou serão apenas
Corpos retidos na Terra, imortais etéreos
E extensos são os que se distinguem nos dedos
Das impressões e nos cotos, no esgar do s’tranho
Rosto revestid’a loucura e a desassossego, comum
Restolho é fogo posto, assim girassóis no verão,
Será na morte que se distinguem os Homens
Que despertam per’si próprios na obesa forma de
Ferozes criaturas, perigosas Anacondas do mato,
Tubarões do mar alto, Furões Centopeias Descalças
Por castidade volumétrica ou paridade geométrica
Nos ângulos catetos, o esboço que define a valia do
Posteriormente sobre a do fundo dum antigo fosso
Quantas vezes mais casto que enganoso o lodo
Ou o logro do entrudo que a verdade velhaca,
Quantas vezes ancoreta mais vil e gasto decomposto
Que marujo Malaio, sabujo e pé sujo-de-asceta,
Polichinelo de modo algum seria Arauto, Cavaleiro
Real da corte ou Escudeiro de Sua visigótica Alteza,
O Bobo todavia é realmente quem é, sem engodo,
Enganosa a majestade, soberanode caráter minúsculo,
Sem testículos nem barba farta, é uma afronta chamar
Dádiva Legitimidade divina, ao roubo, ao calote
À má fé “Generala” num Império de aroma Medievo
E pés-de-galinha, metal fedendo a má consciência.
Parsifal é o herói da gesta e Atenas caiu anteontem
Em ruínas, rest’o teatro dos parêntesis, o uniforme
De Wagner plissado, o palco, o que finge por grosso
A razão que não há em tudo, até no restolho avaro,
Ardido e pisado, o chão, o fosso, o fraco, o coxo.
Joel Matos (23 Junho 2022)
https://namastibet.wordpress.com/
https://joel-matos.blogspot.com/
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 4631 leituras
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Geral | Ladram cães à distância, Mato o "Por-Matar" ... | 2 | 7.598 | 06/21/2021 - 16:22 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Morri lívido e nu ... | 1 | 4.964 | 06/21/2021 - 16:22 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Sou "O-Feito-Do-Primeiro-Vidente" | 1 | 5.299 | 06/21/2021 - 16:21 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Pedra, tesoura ou papel..."Do que era certo" | 1 | 11.793 | 06/21/2021 - 16:21 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Nada se parece comigo | 1 | 4.302 | 06/21/2021 - 16:20 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Quantos Césares fui eu !!! | 1 | 4.636 | 06/21/2021 - 16:20 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | "Sic est vulgus" | 1 | 7.068 | 06/21/2021 - 16:19 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Como morre um Rei de palha... | 1 | 6.734 | 06/21/2021 - 15:44 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Vivo do oficio das paixões | 1 | 5.199 | 06/21/2021 - 15:44 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Patchwork... | 2 | 5.399 | 06/21/2021 - 15:44 | Português | |
Poesia/Geral | A síndrome de Savanah | 1 | 6.499 | 06/21/2021 - 15:43 | Português | |
Poesia/Geral | A sucessão dos dias e a sede de voyeur ... | 1 | 9.723 | 06/21/2021 - 15:42 | Português | |
Poesia/Geral | Daniel Faria, excerto “Do que era certo” | 1 | 5.950 | 06/21/2021 - 15:41 | Português | |
Poesia/Geral | Objectos próximos, | 1 | 6.002 | 06/21/2021 - 15:40 | Português | |
Poesia/Geral | Na minha terra não há terra, | 1 | 4.114 | 06/21/2021 - 15:38 | Português | |
Poesia/Geral | Esquecer é ser esquecido | 1 | 5.369 | 06/21/2021 - 15:37 | Português | |
Poesia/Geral | Perdida a humanidade em mim | 1 | 5.421 | 06/21/2021 - 15:37 | Português | |
Poesia/Geral | Cumpro com rigor a derrota | 1 | 5.906 | 06/21/2021 - 15:36 | Português | |
Poesia/Geral | Não passo de um sonho vago, alheio | 2 | 5.675 | 06/21/2021 - 15:36 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A sismologia nos símios | 1 | 6.138 | 06/21/2021 - 15:35 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Epistemologia dos Sismos | 1 | 4.664 | 06/21/2021 - 15:34 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Me perco em querer | 1 | 4.709 | 06/21/2021 - 15:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Por um ténue, pálido fio de tule | 1 | 5.493 | 06/21/2021 - 15:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Prefiro rosas púrpuras ... | 1 | 3.728 | 06/21/2021 - 15:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A simbologia dos cimos | 1 | 4.706 | 06/21/2021 - 15:32 | Português |
Add comment