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Tão tanto …
Permitam-me o que vou dizer
E não é segredo, nem será
Depois de dito, nem será
O que parece ser e acabou
Sendo, pois nada desse secreto
Estranho hálito que tenho vou
Omitir, penso quando contar
O segredo que tenho pra
Dizer, obsceno quanto o
Que’screvo e não devo
Não por mim mas por ontem,
Não por outrem, o que vou
Dizer contém o anseio
Que pudessem ser o eu
Que eu não sei nem ter
A alma de quem a tem não eu,
O simples fazer chamar do céu
A terra e ao silencioso
Chão caixão meu segredo, meu…
Permita-me estar a sós comigo
E com o meu cabelo,
Pra depois dizer a todos
Que nem alma tenho,
Mas em segredo guardo
As memorias que componho,
Eu tenho
O que parecem ser,
Só em si sonhos de estranho,
A quem se permite
De quando em quando,
Quem eu dantes era
Ou pensei que fosse
Ser hoje tão, tão tanto …
http://joel-matos.blogspot.com
Joel Matos (04/2017)
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