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Dos passos que fazem eco
De regresso ao zero…
Degolar os maus hábitos a escorrer odores nas mãos.
Daqui ao acolá senhor de todas a pedras contadas em repletos tombos de vida.
Hoje, como ontem, como ao longo de todas as claridades amanhecidas, atesto o zero.
O partir sempre e de novo de olheiras ao peito, pela estrada em protesto das horas inconclusivas.
Não me sei sem erro, ou mesmo sem querer errar.
Há um magnetismo iónico que epilepsia o espaço nos embaraços que me insistem tumultos a pensar…
Cair, levantar, andar aos rumos desnortes a pintar noites de branco.
Interrogadas semanas a inquirir minhas partes vivas…
A imitar horas em estômagos efervescentes e barba de três dias.
A casa é uma memória frívola na percussão dos passos que fazem eco sozinhos.
Sento-me e sinto-me um zero a levitar no meio de naturezas mortas.
Retratos de quem foi no mundo as minhas esperanças no para sempre.
No meio da sala artificia o plástico num arranjo floral sem cheiro…
É disso que se trata.
É disso que trata o zero que encruzilha os caminhos dos meus passos a marcar passo.
Perdi o cheiro.
A identidade olfactiva que abraçava doces pretéritos a cheirar terra húmida em chuvas no fim do verão.
O fumo rouco de óleo diesel nos viadutos da cidade quando a casa era um caminho perdida no subúrbio com cheiro de mãe e pátria.
Perdi o cheiro do fim da tarde pelo meio dos meus Setembros com saudades do Outono.
Perdi o ontem, perdi o hoje, perdi todos os amanhãs…
Perdi-me pelas incertezas da madrugada a escorrer odor nas mãos.
Quero cheirar as alvoradas.
Premonitório de luz casta declaração de manhãs virgens contingência ecuménica com aromas multiétnicos.
Coroa de ventre universal, centelha de mestria cénica que aviva cílios fascinados á beira do rio das lágrimas.
Quero o cheiro a alcatrão, linha contínua pela estrada que me devolva o andar…
Sair da hora zero, partir sem saber nada, reaprender a cheirar.
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