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Mil torrentes III (A liberdade de escolha)
acidentados, salvos ou a naufragar:
a esperança não pode, nunca, morrer
nem, que há o mal, podemos nos esquecer!
Muitas mães choram, muitos irmãos morrem;
o mar os devora e, suas vidas, consome!
Muitos não voltam por fatalidades,
outros não voltam, pois não têm vontade!
Enquanto navego este mundo a fora
e, de mares em mares, chego e vou embora,
questiono-me sobre esta vida incerta
com a alma livre e a cabeça aberta.
E todas as vezes que me sinto assim,
a seguinte pergunta sempre vem a mim:
'Por que é tão difícil haver compreensão
entre os seres humanos, que são tão irmãos?'
Somos levados pelas mãos do acaso
que nos direcionam da aurora ao ocaso.
Também é meu guia o vento que sopra
e que, a sua vontade e sabor, me manobra.
Nade, afunde, veleje a sorrir!
Exerça o direito de ir e de vir!
A liberdade de escolha é sagrada
e nunca poderia, de alguém, ser tirada!
Durante a sua viagem, amigo,
leve sempre um pensamento contigo:
Outras mudanças de estação virão
e as coisas apenas acontecerão
se você fizer uma escolha e a seguir
sem medo de se machucar ou ferir.
Podemos aprender com os dias passados
mas estes já foram, já estão enterrados!
Tudo o que tenho é o meu atual momento!
Faço o que quero, sem arrependimento,
pois, este é o pior de todos os males:
arrepender-se do que já não vale.
Coisas se opõem, outras ajudam.
Muitas empurram, outras nos puxam.
Exercite sempre a total liberdade,
mude o mundo ou nem faça alarde.
Já o futuro é algo que não existe,
é inalcançável, e isso nos deixa tristes.
É uma utopia que nos faz sofrer
e pode nunca chegar a acontecer!
Você pode possuir apenas o presente,
mudá-lo ou vive-lo indiferentemente.
Você tem duas vias a percorrer:
viver para amar ou amar para viver!"
[size=xx-small][font=Courier]Vejam também as partes I, II e IV. Vejam também os meus outros textos, comentem, ficarei feliz em receber comentários.[/font][/size]
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Comentários
Mil torrentes III (A liberdade de escolha)
Tratam-se das primeiras conclusões a que o marinheiro solitário chega: carta endereçada a outros marinheiros solitários, companheiros na busca pelo sentido da vida.