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Os felizes
Tudo com enormes fardas de rum
vagueávamos
noite dentro
e os lixeiros vinham atrás de nós!
Tudo com enormes pedras de erva
cantávamos
dançávamos
a noite não tinha fim.
fomos irmãos e amantes
fomos perfeitos uns para os outros
fomos e queríamos ser
sempre assim como antes
Todos sumimos, mas
Porém
Todos se foram embora
Perdidos na vida dos outros.
Fomos fumaça
Nuvens cheias de estática
Cúmulos de energia
Fomos latência
quantas vezes dormimos todos
juntos
sem roupa nem pudor
quantas vezes fodemos
sem ter medo, sempre sem ter medo
O Sol, o odiado Sol
Punha-se ao contrário
Sobre as nossas débeis cabeças
Deitadas no jardim. Nascia,
Diziam os infiéis. Morria,
Dizia eu. Ninguém queria saber.
Um por um partimos.
Sós, nunca acompanhados
No meio de estranhos
Nunca acompanhados.
só nos partilhávamos a nós
próprios
ninguém mais nos conhecia
ninguém queria conhecer
ninguém queria saber
Da droga que resistia no sangue
e das ideias ainda mais
os homens teatrais, convenceram-nos de tal
que achamos por bem
nunca mais querer mais
vil experimentação – vil mortalidade
já não existia dilema
vil criadagem
da alma em si pequena
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Poesia :
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Comentários
Quando o conformismo os leva,
Quando o conformismo os leva, seremos nós a arvore de raíz mutilada que permanecerá seca e pequena perante o fulgor de tantos saberes já completos de drogas que os repletam dessa mesma noite.
Gostei especialmente desta imagem:
O Sol, o odiado Sol
Punha-se ao contrário
Sobre as nossas débeis cabeças
Deitadas no jardim. Nascia,
Diziam os infiéis. Morria,
Dizia eu. Ninguém queria saber.
Olá Ana, obrigado pelo
Olá Ana, obrigado pelo comentário. Entretanto alterei ligeiramente a última estrofe, não transmitia como queria o que era pretendido.