Robot (woman)


É feito de espasmos o riso que me assola e me povoa a mente. Fico absorta e nesta ausência de sentir, hiberno no limbo dos inadaptados. E canto, canto, com a voz vazia, um peito em brasa.
Só para sustentar o que já foi dito, já não falo sozinha, isso eu fazia quando não tinha coragem de dizer o que me vai na alma.
Sei que não sou bicho, maugrado me quererem a todo o custo domesticar. Lamento, mas não vai dar. E começa a ladainha...
já ouvi este som tantas vezes, água mole em pedra dura, podem crer que, em mim não fura. Sou de mim o original, não sou molde em papel vegetal, dava jeito, temos pena, mas não dá.
Se há coisas que não se dizem, se há sorrisos que devemos rasgar a quem nos quer, literalmente, lixar, se a verdade é conforme e consoante, doravante, doravante, lá, lá, lá…
Prefiro ficar num canto a ver a hipocrisia passar…Lá,lá,lá…
Talvez, um dia, quem sabe… Eu, na minha senilidade, esqueça a verdade e quem me deu o ser e me passou os valores e acene a outras vontades e me transforme num robot (woman)…
Até lá…lá, lá,lá!!!

Submited by

Saturday, August 21, 2010 - 09:06
No votes yet

Nanda

Nanda's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 12 years 7 weeks ago
Joined: 10/23/2009
Posts:
Points: 2469

Comments

Librisscriptaest's picture

Re: Robot (woman)

"E começa a ladainha...
já ouvi este som tantas vezes, água mole em pedra dura, podem crer que, em mim não fura."
Nem tem q furar, essa pedra (preciosa de nome nanda) esta muito bem assim, sem furos, de sentimentos puros, feita de muros q a protegem de tantas coisas q nem vale a pena ter janelas!
Gosto de si, gosto pois!
beijinho grande em si!
Inês
P.S. jamais será um robot, seria uma pena o mundo perder tão belo e genuino ser!

Add comment

Login to post comments

other contents of Nanda

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Meditation Entre mim e o vento 5 4.927 02/27/2018 - 13:26 Portuguese
Poesia/Intervention Marioneta 2 3.690 02/27/2018 - 13:24 Portuguese
Poesia/General O Condão 1 3.283 08/28/2012 - 17:58 Portuguese
Poesia/Meditation Carruagem do tempo 1 3.956 07/09/2012 - 08:26 Portuguese
Poesia/Intervention Os renegados 3 3.975 07/02/2012 - 16:11 Portuguese
Prosas/Others Em repúdio aos claustros (elegia a Junqueira Freire) 1 3.641 05/31/2012 - 14:51 Portuguese
Poesia/General Sons da cachoeira 4 4.125 05/25/2012 - 19:16 Portuguese
Poesia/Fantasy O derradeiro ato 2 3.309 04/28/2012 - 22:55 Portuguese
Poesia/Fantasy Poema de água mel 5 2.834 04/21/2012 - 22:25 Portuguese
Poesia/Meditation Rios d´ alma 3 2.852 03/24/2012 - 19:52 Portuguese
Poesia/Fantasy Alcateia 2 3.592 03/17/2012 - 18:09 Portuguese
Poesia/Meditation Ninguém se cruza por acaso 6 3.273 03/17/2012 - 15:58 Portuguese
Poesia/Meditation Inconfidências 5 3.196 03/10/2012 - 16:05 Portuguese
Poesia/Sadness Nas asas da fantasia 2 3.875 03/02/2012 - 00:36 Portuguese
Prosas/Comédia Haja paciência... 1 2.943 01/12/2012 - 13:06 Portuguese
Poesia/Meditation (In)casta 0 3.912 12/11/2011 - 19:56 Portuguese
Fotos/Events Cont(r)o_versus 1 7.024 12/10/2011 - 21:29 Portuguese
Poesia/Dedicated Arrábida minha 2 3.435 11/26/2011 - 19:52 Portuguese
Poesia/Fantasy Astro rei 4 3.918 11/22/2011 - 16:41 Portuguese
Poesia/Fantasy Metáfora 2 3.519 11/06/2011 - 21:13 Portuguese
Poesia/General Ao sabor do tempo 1 3.899 10/16/2011 - 20:10 Portuguese
Poesia/General (In)coerência 2 2.893 10/01/2011 - 18:07 Portuguese
Poesia/Fantasy Fantasiando 4 3.333 09/27/2011 - 08:26 Portuguese
Poesia/Sadness Fios de sargaços 1 3.494 09/26/2011 - 00:21 Portuguese
Poesia/Fantasy Basto-me! 2 4.222 09/24/2011 - 18:25 Portuguese