A cigana

Era o inicio de um dia,
que logo bem pela matina
face magra e luzidia
coração de Judia

Descalça nessa esquina
Artéria fluente da cidade
a cigana lia a sina
para descobrir a verdade

A quem se sujeitava
ela uns minutos roubava
entre análise á palma mão
ou uma rima, ou sermão

Por vezes lia e Ria
Gesticulava e falava
outras, gemia e dizia
melhor sorte, cá faltava

Uma jovem,com ar de doutora
que com esta criatura cruzou
com sorriso trocista de gozo
ao ouvir a sina, a pobre chorou

Veio a padeira muito aflita
saber se a sorte lhe seria bendita
tres moedas de Euro na algibeira
Só para estender a mão, daquela maneira

A robusta mulher, mirou a cigana
que a tristeza seja tirana
eu, mulher jovem e na cidade
quero casar e fugir desta cidade

Ò mulher, tu não percebes
dizia a cigana, devagarinho
que teus sonhos são agrestes
teu homem será um coitadinho.

Quedou-se a padeira num pranto
Com tamanho ar de espanto
que logo a cigana guardando o dinheiro
inchou o peito, sentenciando sem receio

A cigana falou, está falado
eu não invento outro seu fado
e ademais vou andando
antes que se recupere do encanto

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Lunes, Octubre 12, 2009 - 17:51

Poesia :

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Mefistus

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Comentarios

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Re: A cigana

:-) Maldita cigana, caro poeta!!!

Não a sua...a que vaticina!!!

um beijo do tamanho do tejo... :-)

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Re: A cigana

Bom poema
Gostei bastante
Abraço

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Re: A cigana

jopeman ;
Retribuo seu abraço,

Obrigado pela visita

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Re: A cigana

Mefistus!
A cigana

Ah! predições, se dinheiro não houvesse a sorte não leria; teu poema é muito belo, porque a sorte, lida por todas ciganas ele relata, é sempre a mesma história, do dia a dia, dai sairam muitas histórias com o título!
Ah! a cigana me enganou!
Quanto a beleza, rimas e mensagem, está uma beleza!
Meus parabéns!
MarneDulinski

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