E eis quanto resta do idílio acabado

E eis quanto resta do idílio acabado

E eis quanto resta do idílio acabado,
- Primavera que durou um momento...
Como vão longe as manhãs do convento!
- Do alegre conventinho abandonado...

Tudo acabou... Anémonas, hidrângeas,
Silindras, - flores tão nossas amigas!
No claustro agora viçam as urtigas,
Rojam-se cobras pelas velhas lájeas.

Sobre a inscrição do teu nome delido!
- Que os meus olhos mal podem soletrar,
Cansados...E o aroma fenecido

Que se evola do teu nome vulgar!
Enobreceu-o a quietação do olvido.
Ó doce, ingénua, inscrição tumular.

Camilo Pessanha

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Jueves, Abril 9, 2009 - 23:34

Poesia Consagrada :

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CamiloPessanha

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