E eis quanto resta do idílio acabado

E eis quanto resta do idílio acabado

E eis quanto resta do idílio acabado,
- Primavera que durou um momento...
Como vão longe as manhãs do convento!
- Do alegre conventinho abandonado...

Tudo acabou... Anémonas, hidrângeas,
Silindras, - flores tão nossas amigas!
No claustro agora viçam as urtigas,
Rojam-se cobras pelas velhas lájeas.

Sobre a inscrição do teu nome delido!
- Que os meus olhos mal podem soletrar,
Cansados...E o aroma fenecido

Que se evola do teu nome vulgar!
Enobreceu-o a quietação do olvido.
Ó doce, ingénua, inscrição tumular.

Camilo Pessanha

Submited by

Thursday, April 9, 2009 - 23:34

Poesia Consagrada :

No votes yet

CamiloPessanha

CamiloPessanha's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 13 years 23 weeks ago
Joined: 04/09/2009
Posts:
Points: 150

Add comment

Login to post comments

other contents of CamiloPessanha

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Fotos/Profile Camilo Pessanha 0 922 11/24/2010 - 00:37 Portuguese
Poesia Consagrada/General Final 0 694 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Voz débil que passas 0 657 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Se andava no Jardim 0 828 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Singra o navio. Sob a agua clara 0 778 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Ó meu coração torna para traz 0 672 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Esvelta surge! Vem das aguas, nua 0 854 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/Sonnet Desce em folhedos tenros a collina 0 639 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/Sonnet Tatuagens complicadas do meu peito 0 1.098 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Estátua 0 512 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Caminho 0 763 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Interrogação 0 629 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Viola Chinesa 0 698 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Castelo de Óbidos 0 636 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Violoncelo 0 657 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Ao longe os barcos de flores 0 681 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Fonógrafo 0 760 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General II A Morte, no Pego-Dragão 0 575 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General E eis quanto resta do idílio acabado 0 861 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Inscrição 0 610 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Passou o Outono já, já torna o frio... 0 728 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Quem poluiu, quem rasgou os meus lençóis de linho 0 691 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Ao meu coração um peso de ferro 0 720 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Chorae arcadas 0 600 11/19/2010 - 16:49 Portuguese
Poesia Consagrada/General Canção da Partida 0 715 11/19/2010 - 16:49 Portuguese