CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Poema Final

Poema Final

Ó cores virtuais que jazeis subterrâneas,
_ Fulgurações azuis, vermelhos de hemoptise,
Represados clarões, cromáticas vesânias,
No limbo onde esperais a luz que vos batize,
As pálpebras cerrai, ansiosas não veleis.
Abortos que pendeis as frontes cor de cidra,
Tão graves de cismar, nos bocais dos museus,
E escutando o correr da água na clepsidra,
Vagamente sorris, resignados e ateus,
Cessai de cogitar, o abismo não sondeis.
Gemebundo arrulhar dos sonhos não sonhados,
Que toda a noite errais, doces almas penando,
E as asas lacerais na aresta dos telhados,
E no vento expirais em um queixume brando,
Adormecei. Não suspireis. Não respireis.

Camilo Pessanha

Submited by

quinta-feira, abril 9, 2009 - 22:50

Poesia Consagrada :

No votes yet

CamiloPessanha

imagem de CamiloPessanha
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 13 anos 23 semanas
Membro desde: 04/09/2009
Conteúdos:
Pontos: 150

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of CamiloPessanha

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Fotos/ - Camilo Pessanha 0 922 11/24/2010 - 00:37 Português
Poesia Consagrada/Geral Final 0 694 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Voz débil que passas 0 657 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Se andava no Jardim 0 829 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Singra o navio. Sob a agua clara 0 778 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Ó meu coração torna para traz 0 672 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Esvelta surge! Vem das aguas, nua 0 854 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Soneto Desce em folhedos tenros a collina 0 639 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Soneto Tatuagens complicadas do meu peito 0 1.098 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Estátua 0 512 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Caminho 0 764 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Interrogação 0 629 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Viola Chinesa 0 698 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Castelo de Óbidos 0 636 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Violoncelo 0 657 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Ao longe os barcos de flores 0 681 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Fonógrafo 0 760 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral II A Morte, no Pego-Dragão 0 575 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral E eis quanto resta do idílio acabado 0 862 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Inscrição 0 610 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Passou o Outono já, já torna o frio... 0 729 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Quem poluiu, quem rasgou os meus lençóis de linho 0 691 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Ao meu coração um peso de ferro 0 720 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Chorae arcadas 0 600 11/19/2010 - 16:49 Português
Poesia Consagrada/Geral Canção da Partida 0 715 11/19/2010 - 16:49 Português