CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Uma mão cheia de história
Trago, dentro de uma mão, a cheia e na outra vaza, um coração
Paisagem que creio ser feito dos areais granulosos dos extremos
E única a razão dos meus desassossegos extensos.
E os vidros simbióticos das janelas dos comboios, só uma ida,
Se me dizem que “o amanhã não existe” é só o mar em roda, …
O mar em roda dos carris e o que me abraça a visão
Do país do verde solvente e do cais da bruma cega,
Tão abstractos e secretos como a textura dos meus versos.
Ninguém perguntou se-me-quero-dono desses segredos nus,
Sejam-o-que-forem, é ao inaudível cheiro da terra que pertenço,
Batendo, batendo dedentro dum inexacto e disléxico Malhoa
(Dizem-me das Tágides e dos nómadas veleiros cavalgando céus)
O silêncio fabrico-o eu e minto-o e invejo-o e invento-o,
Porquanto não o avisto, na vasta paisagem, a erguer nos braços
O poente que na noite preta, já se pensou navegar
Dou por mim no wagon-lit, mão vazia, sem posse nem pensar.
A pior névoa provém do pensamento, neve branca
Esquecida em pó de cal, assim é o meu país indeciso
Entre o sol e o sal, anónimo como a multidão sem alma,
Traz numa mão a história na outra a falsa e triste esperança.
Jorge Santos (01/2011)
http://joel-matos.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 629 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Nunca tive facilidade de | 29 | 1.371 | 03/11/2022 - 18:20 | Português | |
Poesia/Geral | Entrego-me a quem eu era, | 28 | 372 | 11/28/2023 - 11:47 | Português | |
Poesia/Geral | (Meu reino é um prado morto) | 24 | 1.950 | 12/02/2018 - 19:04 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Canção Cansei | 24 | 1.947 | 12/02/2018 - 19:02 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A alegria que eu tinha | 23 | 220 | 12/11/2023 - 21:29 | Português | |
Poesia/Geral | Meu instinto é dado pelos dedos mindinhos | 22 | 1.854 | 02/25/2022 - 18:39 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Porque Poema és Tu | 22 | 613 | 12/02/2018 - 18:47 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | não sei quem sou | 21 | 1.699 | 12/02/2018 - 18:58 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Os destinos mil de mim mesmo. | 21 | 279 | 11/24/2023 - 13:42 | Português | |
Poesia/Geral | “Daqui-a-nada” | 20 | 862 | 11/24/2023 - 12:17 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | AutoGraphya | 20 | 833 | 04/11/2018 - 10:15 | Português | |
Prosas/Romance | State of a Dream (From Oracles to Shamans ) | 20 | 3.928 | 05/25/2018 - 09:57 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Canto ao dia, pra que à noite não… | 19 | 414 | 12/02/2018 - 19:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Sou tudo quanto dou e devo ... | 18 | 1.468 | 01/04/2022 - 19:16 | Português | |
Poesia/Geral | Send'a própria imagem minha, Continuo'a ser eu ess’outro … | 18 | 2.658 | 01/21/2022 - 19:07 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | om mani padme hum | 18 | 548 | 03/19/2018 - 22:57 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Sem nada … | 17 | 1.861 | 02/19/2022 - 16:18 | Português | |
Ministério da Poesia/Intervenção | (Os Míseros não Têm Mando) | 17 | 2.012 | 12/02/2018 - 19:34 | Português | |
Poesia/Geral | Sonhei-me sonhando, | 17 | 328 | 02/12/2024 - 17:06 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | (Creio apenas no que sinto) | 17 | 160 | 12/02/2023 - 11:12 | Português | |
Poesia/Geral | Nada, fora o novo ... | 17 | 1.111 | 03/19/2022 - 21:01 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Prazer da busca… | 17 | 465 | 12/02/2018 - 18:56 | Português | |
Poesia/Geral | Nêsperas do meu encanto… | 16 | 1.547 | 12/02/2018 - 18:45 | Português | |
Poesia/Geral | Tenho um conto pra contar | 16 | 1.170 | 12/02/2018 - 19:00 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Vamos falar de mapas | 15 | 348 | 11/30/2023 - 12:20 | Português |
Comentários
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
é ao inaudível cheiro da
é ao inaudível cheiro da terra que pertenço,
Batendo, batendo dedentro dum inexacto e disléxico Malhoa
é ao inaudível cheiro da
é ao inaudível cheiro da terra que pertenço,
Batendo, batendo dedentro dum inexacto e disléxico Malhoa
é ao inaudível cheiro da
é ao inaudível cheiro da terra que pertenço,
Batendo, batendo dedentro dum inexacto e disléxico Malhoa
é ao inaudível cheiro da
é ao inaudível cheiro da terra que pertenço,
Batendo, batendo dedentro dum inexacto e disléxico Malhoa
é ao inaudível cheiro da
é ao inaudível cheiro da terra que pertenço,
Batendo, batendo dedentro dum inexacto e disléxico Malhoa