CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Amor assassino
Porque teus ódios enclausuram almas cativas,
Canções funerárias violadas num desdém,
Que putrefacto corpo ido da palavra amor
Brota em mágoa de pingo num charco de sangue.
Com borras de amargura no meu vulto,
De negras horas ao amar em punhos teus,
Sedas de medo que vindimam a colheita do ódio…
Esse hálito violento que apavora a noite
Com os genes acocorados no chão do terror.
A casa é um cadáver de portas fechadas
Este tumulo de segredo inaudito e sujo,
Arvores bravias de janelas abertas
Acorrentam pensares de um recontro letal.
Que és fértil máquina de pedra insensível
No corpo arrogado da maldade extrema,
De tendões cortados por vidros de álcool
Rezo ao dia descanso pela tua partida.
Pegarei nas sobras do nada que resta
No meu corpo em ferida em eucaristia,
Com os inocentes que choram minha dor em chaga
Pelas mãos fugiremos para longe de ti.
Que deste espaço ínfimo olho,
Pelo ombro o medo ao dobrar desta vida
A espezinhada crueldade glaciar dos teus olhos
Que procuram vinganças no meu sacrifício.
Doentia essa falsa maneira de amar
Em alianças que riam aos pés do altar,
Me tornei coisa tua e á tua sorte
Que me amas a dor e queres minha morte.
Hoje vi teu corpo no chão, animal e caído,
Imóvel, sensato, olhei-te e ri-me,
Da imponência covarde em aparato
No momento exacto que matei o crime.
*Em 2008, quarenta e cinco mulheres foram mortas em Portugal, vitímas de violência doméstica...em 2009 outras tantas...em 2010...denuncie!!!
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 833 leituras
Add comment
other contents of Lapis-Lazuli
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Fotos/ - | 3517 | 1 | 4.347 | 03/13/2018 - 20:32 | Português |
Poesia/Aforismo | In Vapore Sano | 4 | 3.422 | 03/13/2018 - 20:32 | inglês | |
Poesia/Aforismo | Era só isto que eu queria dizer | 1 | 3.110 | 02/27/2018 - 09:22 | inglês | |
Poesia/Aforismo | salgo :33 Isaías sonha que aos fala aos camones | 0 | 2.611 | 06/20/2014 - 14:41 | inglês | |
Poesia/Geral | Boca Do Inferno | 0 | 6.083 | 07/04/2013 - 21:44 | Português | |
Poesia/Pensamentos | veludo | 3 | 3.148 | 05/15/2013 - 16:34 | Português | |
Poesia/Aforismo | Segundo Reza a Morte | 0 | 2.920 | 10/04/2011 - 16:19 | Português | |
Poesia/Meditação | Fumo | 0 | 2.907 | 09/23/2011 - 11:00 | Português | |
Poesia/Aforismo | De olhos fechados | 3 | 3.262 | 09/20/2011 - 21:11 | Português | |
Poesia/Aforismo | Tundra | 0 | 2.795 | 09/20/2011 - 15:36 | Português | |
Poesia/Meditação | Vazio | 3 | 2.907 | 09/16/2011 - 10:00 | Português | |
Poesia/Aforismo | Intento | 0 | 2.410 | 09/05/2011 - 15:52 | Português | |
Poesia/Aforismo | Palma Porque sim...Minha Senhora da Solidão | 0 | 2.735 | 08/29/2011 - 10:13 | Português | |
Poesia/Aforismo | Editorial | 0 | 3.038 | 08/29/2011 - 10:08 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Ermo Corpo Desabitado | 0 | 2.921 | 08/29/2011 - 10:04 | Português | |
Poesia/Aforismo | Dos passos que fazem eco | 1 | 2.603 | 06/21/2011 - 21:06 | Português | |
Poesia/Meditação | Autoretrato sem dó menor | 3 | 4.282 | 03/28/2011 - 22:34 | Português | |
Poesia/Aforismo | Todo o mundo que tenho | 2 | 2.917 | 03/09/2011 - 07:23 | Português | |
![]() |
Fotos/ - | 3516 | 0 | 4.894 | 11/23/2010 - 23:55 | Português |
![]() |
Fotos/ - | 3518 | 0 | 4.512 | 11/23/2010 - 23:55 | Português |
![]() |
Fotos/ - | 2672 | 0 | 5.861 | 11/23/2010 - 23:51 | Português |
Prosas/Outros | A ultima vez no mundo | 0 | 3.010 | 11/18/2010 - 22:56 | Português | |
Prosas/Outros | Os filhos de Emilia Batalha | 0 | 3.246 | 11/18/2010 - 22:56 | Português | |
Poesia/Desilusão | Veredictos | 0 | 2.908 | 11/18/2010 - 15:41 | Português | |
Poesia/Intervenção | Nada mais fácil que isto | 0 | 2.950 | 11/18/2010 - 15:41 | Português |
Comentários
Re: Amor assassino
A realidade nua e crua...
A covardia, a violência e o medo continuam a ser responsáveis pelo sofrimento e morte...
Chamar de amor doentio é, no entanto um eufemismo estranho, não pode existir amor onde existe violência , pq nenhum amor se deixaria adoecer a este ponto, nem estando moribundo...
A meu ver, não existe nestes casos qualquer forma ainda q ténue de amor, representam nada mais do q o puro culto do sadismo sexual...
A denuncia é o único caminho...
Achei o seu poema muito pertinente, uma atitude louvável.
Beijinho em si
Inês Dunas
Re: Amor assassino
LINDO POEMA, A DENUNCIA É O CAMINHO, E O PERDÃO É DE TODO CORAÇÃO DE BEM!
Meus parabéns,
Marne
Re: Amor assassino
A violência contra a mulher é desleal, a força física não é a mesma. Sofri violência doméstica, porém, jamais mataria, libertei-me e nunca pensei em vingança, sou mais feliz assim. A denúncia se faz necessária, se não nos amarmos, como poderemos amar alguém? Meu abraço