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Balada dos pés descalços
Vou começar uma revolução.
Só andar com os pés na rua…
Descalços como em sangue,
de ser…
No ápice dos momentos, força e aço contra um deus embalsamado.
Depressa…em mim, como um Violino a acender,
Cedros assombrados numa ária de agonia tocam prantos e revolta eminentes como o impacto.
Assim irei com os pés pela rua toda.
Descalço…porque está a acontecer, como o grito…
Num amanhecer cristal no relâmpago do ódio.
Agora, Harpas assassinas, degolam apoquentadas súplicas dos Arautos da traição.
O criador no banco dos réus…sem escusa.
Culpado da História e do crime, da perfídia da exploração…
Culpado pelos julgamentos injustos consumados debaixo do céu dos homens.
Milhões de pés na rua…
Descalços como em sangue,
de ser…
no momento dos momentos a humanidade em grito.
Ânimo, peito e luta.
E tornará um Violino, agora ferido e lacrimogéneo a uivar martírios do que está para partir.
A orquestra dos justos,
na sinfonia da terra em chamas crepitam-me cá dentro…
Vou começar uma revolução.
Quem nunca pecou?
Estou aqui… despido e frio, a atirar a primeira pedra porque as lajes das calçadas,
são balanças de justiça que alargam a liberdade aos homens.
Comigo milhões…
E virão Flautas mágicas, cegas para me encantar, Cítaras sombrias a dedilhar contradições,
Pianos vestidos de luto a reclamar tudo e o silêncio.
Assim irei com os pés pela rua toda.
Descalços como em sangue,
de ser…
O timbre de um novo dia, que deslaça a escravatura,
do tronco escurecido dos cedros assombrados.
Os séculos como um baralho a implodirem na avareza,
caírão aos pés daqueles que tatuaram a sangue cemitérios de coragem.
Toda a música do universo, é já o som de um Cravo…
em milhões de pés descalços…
Assim irei com os pés pela rua toda.
Descalços como em sangue…
Nada nos resta que não a luta…anda!
Vou começar uma revolução.
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Poesia :
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Comentários
Re: Balada dos pés descalços
o grito, revolto, onde os pés sangram como quem luta o mundo de hoje
gostei imenso
abraço