CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

A hora é ,do tempo,a gorra.

Todas as minhas horas são eleitas p’lo uso.
Por me permitirem um usar diferente
Nas horas cujo fato não me serve de refúgio,
Quer me fite ao espelho, de lado ou de frente,

Uso de fato e gravata que serve a quem se chama vazio,
Vago, inexistente e então esse, sou de facto, eu.
O facto é que as horas sendo um axioma de Descartes
Todas as horas minhas, serão viúvas, ou eu; delas órfão.

Nem penso se sou real pra elas, ou se real existo,
Sei por certo descartar Descartes e visto o tempo,
O fato e as luvas como um tal Maquiavel Fausto,
Ou Abias Rei, tendo na casula, ao invés; o cruxifixo,

As minhas horas, feitas todas de simples uso,
Porque os sentidos que uso não são medíveis,
Nem medível é o céu, que imagina um cego,
Apenas pelo tato, sendo esse lato teto, o meu lema,

A mesma desilusão sem fim, apesar do uso diferente,
E do tema que colo ao peito, em cada hora…
Não estranho pois, se na minha alma ausente,
Não sobrar atenção, pras honras no balcão desta Terra.

Com as horas, é tarde e decresce a aptidão de viver
Entre gente, como se vivesse por viver, sem nada à frente,
Por ser tarde e a hora não crescesse, por dentro da noite
De mim, que tenho a alma fora e a hora é do tempo a gorra..

Jorge Santos (02/2014)

http://joel-matos.blogspot.com

Submited by

segunda-feira, fevereiro 10, 2014 - 17:10

Poesia :

No votes yet

Joel

imagem de Joel
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 2 semanas 3 dias
Membro desde: 12/20/2009
Conteúdos:
Pontos: 42103

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Joel

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Ministério da Poesia/Geral Pangeia e a deriva continental 1 5.238 06/21/2021 - 14:32 Português
Poesia/Geral Minh’alma é uma floresta 1 2.497 06/21/2021 - 14:31 Português
Poesia/Geral O lugar que não se vê ... 1 3.475 06/21/2021 - 14:31 Português
Poesia/Geral Meus sonhos são “de acordo” ao sonhado, 1 4.952 06/21/2021 - 14:31 Português
Poesia/Geral Apologia das coisas bizarras 1 2.743 06/21/2021 - 14:30 Português
Poesia/Geral Gostar de estar vivo, dói! 1 2.973 06/21/2021 - 14:30 Português
Ministério da Poesia/Geral Os Dias Nossos do Isolamento 1 3.781 06/21/2021 - 14:28 Português
Ministério da Poesia/Geral Permaneço mudo 1 3.188 06/21/2021 - 14:28 Português
Ministério da Poesia/Geral Deixai-vos descer à vala, 1 3.931 06/21/2021 - 14:28 Português
Poesia/Geral "Phallu" de Pompeii! 1 4.834 06/21/2021 - 14:27 Português
Poesia/Geral Humano-descendentes 9 6.337 06/21/2021 - 14:27 Português
Poesia/Geral Confesso-me consciente por dentro … 1 6.151 06/18/2021 - 17:27 Português
Poesia/Geral Versão Endovélica de mim próprio 32 4.090 06/17/2021 - 14:54 Português
Ministério da Poesia/Geral Deixemos descer à vala, o corpo que em vão nos deram 15 3.913 02/09/2021 - 08:55 Português
Ministério da Poesia/Geral A desconstrução 38 4.678 02/06/2021 - 21:18 Português
Ministério da Poesia/Geral Na terra onde ninguém me cala 1 5.027 02/06/2021 - 10:14 Português
Poesia/Geral Esquema gráfico para não sobreviver à morte … 5 4.812 02/05/2021 - 11:45 Português
Ministério da Poesia/Geral Tiras-me as palavras da boca 1 3.580 02/03/2021 - 18:31 Português
Ministério da Poesia/Geral A tenaz negação do eu, 1 5.734 01/25/2021 - 21:40 Português
Poesia/Geral Em pêlo e a galope... 7 3.831 11/27/2020 - 17:11 Português
Poesia/Geral Vencido 3 3.723 11/25/2020 - 18:26 Português
Poesia/Geral O Amor é uma nação em risco, 1 5.880 05/02/2020 - 23:37 Português
Ministério da Poesia/Geral Ninguém me distingue de quem sou eu ... 1 4.949 04/20/2020 - 22:34 Português
Ministério da Poesia/Geral A um Deus pouco divino … 1 4.128 04/19/2020 - 11:02 Português
Poesia/Geral “Hic sunt dracones”, A dor é tudo … 4 4.780 04/15/2020 - 15:25 Português