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INFINITO PARALELO …
Apito clandestino.
Proeminência,
estrutura sobre pilares improváveis.
Raízes carnudas sem destino.
Calendário em marcha atrás.
Eficácias em repouso
na primeira fila do fim do mundo.
Prossecuções que gadanham
os electrões do tempo.
Infinito paralelo.
A cor azul em silêncio.
Lábios que se arranham sem voz.
O fôlego das falas trincafiado
ao pensamento.
Mar de vultos
que traça a escuridão,
saudade infecunda nas ruínas do vento.
Eco conectado à madrugada.
Sabugo de nada.
Soçobrares depravados,
sotaque de engasgos destravados.
Munir de efeito versátil as consequências.
Subir os fundos.
Momentos cujas unhas rasgam
a membrana da eternidade.
Letras de passo incerto
como quem vai cair aos solavancos
pelas mãos da foice do inóspito que nos ceifa.
Agnosias de olhos estampilhados na pedra
que se arredonda desligada do ar fossilizado num grito.
Nós ao lado de nós...
.
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Poesia :
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Henrique
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