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Missa de corpo presente
Quando te tive…
Teu corpo tinha borbulhas virgens ao topo do peito de pele clara e claro…que eu olhava.
Tinha cola, colo, coito, sexo e água, que beberia do teu ventre princípios fecundos de suco emprenhado, gemido, suado e febril…
A transpor segredos venéreos, em fusão de sentires…no teu corpo…vertigem temperada de sal de amor e de lágrima a rir…
Então o êxtase, o querido, o sonho…
E viria para a rua espalhar noticias de amor, boas novas de paixão nas tuas coxas suculentas, sumarentas e tremulas e hirtas e firmes, como o seio do sexo no vértice cósmico a pedir possessões de prazer e ternura anoitecendo em teus braços de ultima hora, extra, extra…de amor encolhido nos lençóis brancos do mundo a germinar todos os pareceres de suores cristalinos encantados no desejo dos corpos em casamento…
Eu nado na noite nascente numa palavra começada por “N” de nada e de não consigo deixar de pensar no teu corpo em natal e maternidade…
Ah…quando espero e me foge esse corpo impetuoso, ardente, arrebatado, para o onde estás longe…
Rasgado como papel da tua ultima carta começo a voar…a correr, a fazer vírgulas no tempo, sem pontos finais que as pausas breves depois de esperar três cigarros, levam meu corpo pró teu em anéis de fumo, ilusão de sede e viagem ao centro de ti…e vou…
Atravesso meridianos, fusos horários, o estreito de Magalhães, o cabo Horn, em latitude em longitude, o universo a pingar do teu ventre lava e magma dos vulcões das tuas entranhas desejos escorregadios que deslizam pelos milhares de milhas que nos ferem e apartam do teu corpo existente.
Quando te tive…
Descobri o amor no teu corpo, quando tive no corpo…o teu corpo presente
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Comentários
Re: Missa de corpo presente
Parabéns pelo belo poema.
Gostei.
Um abraço,
Roberto
Re: Missa de corpo presente
LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Quando te tive…
Descobri o amor no teu corpo, quando tive no corpo…o teu corpo presente
Meus parabéns,
Marne