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"Recordações Da Casa Amarela"
Fala baixinho por favor!
A mão pede a caneta e eu sem razões.
Ela trémula quer uma gesta, um risco, um traço de qualquer coisa que lhe dilua o colesterol da tinta.
Á espera de uma história de amor, de sorriso, de dor, que encha o papel de um quase poema.
Estou sem nada, vazio como os homens pobres que escrevo.
Fala baixinho!
Ela insiste, nova, cheia de tinta, de pinta, a pintar quadros que fumo em cigarros vadios como as ideias.
Persiste, chora…
Chora baixinho!
Eu queria escrever como os que leio, como os que amam, como os que sentem, como os que escrevem.
Não ser esta caneta com nome de lápis filho da prosa que me sai a curtas distâncias de um quase poema.
Esta caneta que chora e não pára!!!
Deixa-me olhar as árvores da avenida silêncio.
Rua sinónima de murmúrios descritos em sons de quase palavra.
Vitrina ambiente de gente reflexa na sombra do chão.
A mão pede a caneta e eu sem razões.
No meu peito desenhei uma casa de letras…
Abri-lhe as janelas e com o vento voaram as palavras todas.
Hoje passei na tua antiga rua.
Os teus pais estão a pintar a casa de amarelo.
Os segredos de tinta azul que tatuamos com lápis na parede morrerão para sempre.
Costumavas ter um esboço laranja à janela que te dei por um quase poema.
Recordo o sótão dos teus sonhos desflorados no ventre dos receios.
Suspiros que deste em escrita fina com soluços de um quase amor.
Fala baixinho por favor!
A minha caneta chora…
Eu choro sem razões, pelas recordações azuis da casa amarela.
Voaram-me as palavras todas…em soluços…
A tinta deslustrou o verso.
Em mim, prosas…
Fugiram teus olhos que me escreveram no peito recordações do teu peito que foram em mim um quase poema.
Fala baixinho por favor!
A mão pede a caneta e eu sem razões escrevo o adeus.
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