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Revolução (em retração)
Florinhas em bicos de pés
espreitam a sala vazia.
Na mesa, a caixa de rapé,
no sofá a almofada de fantasia.
espreitam a sala vazia.
Na mesa, a caixa de rapé,
no sofá a almofada de fantasia.
Lareira apagada,
casa desabitada,
donos em debandada,
crise instalada.
O 25 de abril dos cravos,
cantado anos atrás,
parece ter-se evaporado
e o sorriso emudecido.
O olhar entristecido
vagueia ao acaso,
indiferente ao tempo fugaz.
Revolução.
Evolução do princípio do desenvolvimento.
Expulsão de sentires de natural sentimento.
Devolução de silenciados genes da mente.
Quem contraditar, mente!
OF 24-04-12
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quarta-feira, abril 25, 2012 - 16:24
Poesia :
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Comentários
Um cenário construído na
Um cenário construído na tristeza e na saudade.
Há, no entanto, florinhas a espreitar em bicos de pés e almofadas de fantasia.
És, assim, uma alma forte, que vai largando pinceladas subtis de esperança.
Bjuzz :)
P/Teresa Almeida (Revolução...)
Querida amiga Teresa: já falámos sobre este poema e a sua envolvente, entre uma tristeza e uma revolta surda...
Este ano, foi mais palpável este sentir.
E esperança, apenas tenho nas pessoas de excelência (felizmente há muitas, mas, se calhar, outras tantas para as abater..)
Bjos, querida amiga :)
Largas aqui o incomodo
Largas aqui o incomodo desanimado onde as flores purificam e embelezam os sentimentos;
Embora a casa fique vazia, vê-se-lhe o cheio das infortunias consumadas para uma data que, assim, todo o esforço merecia;
Se o sorriso não fosse apenas um disfarce de muitas emoções, vagueando ao acaso, sobre as resoluções que revolvem, na Alma, a poesia, qual se afirma e exclama os chamares mais puros, evocados dentro de ti.
- Viajei aqui, no teu texto, como uma vaga enerte que me sacudiu as portas da imaginação sob o envolto que cobre muitas angústias, essas, de vozes caladas, consentindo a impotência que aos meus olhos vem reclamar.
Desculpa a mania dos meus soltos, pois que abalo sem termo e livre de tanta agonia...
Gosto de te ler,mesmo que logo a seguir me encalhe nas gomas brancas e grite teu nome, num título de salvação.
Beijo em ti amiga Odete Ferreira.
P/antonioduarte (revolução ...)
Muito grata, amigo antonioduarte, pela tua apreciação e registo elogioso.
Sem querer ser pretensiosa, este é um poema que, bem analisado faz como que uma retrospectiva do que era um antes,
o que se desejava que fosse e o que afinal é (refiro-me, claro à revolução dos cravos e à atual situação).
Daí a tristeza que o atravessa...
Bjo, amigo
liberdade é uma utopia
Em nome da palavra Liberdade
muitos sonhos ganham sopros da vida,
mas não sendo sintonizados, na verdade,
em pouco tempo estão de partida.
Saudações!
Abilio
P/Henricabilio
Amigo Abílio, não podia estar mais de acordo com o seu comentário versejado, o que me honra.
Hoje, particularmente, estou triste...
Bjo