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Só em muito silencio...
Eu não quero mais sair dos teus olhos em segredo
Onde a luz me mata o medo das noites atraiçoadas
Expirando os sonhos em todos os pesadelos
Das minhas vidas da vida assim passadas.
Só me quero achar nos teus desvelos
Numa pausa de afecto para a caminhada
O teu corpo é um mar de sal sereno
Onde afundo lá no teu fundo a minha mágoa.
O ebúrneo dos desmandos onde fui
Quando aos nadas tínhamos feridas nas palavras
Foram raptos do tempo que em si conclui
As nossas almas com dor agrilhoadas.
És um segredo que guardo dentro de mim
Fechado a sete chaves corpo adentro
És no meio meu princípio e o fim
O quase tudo dos destinos que acalento.
As formas e os contrastes que te são
De todas as harmonias correctas
Tenho os olhos em prisão presos a ti
Em curvilíneas sessões breves e dilectas.
Somos unidos por linhas-férreas no carril do tempo
Neste desfeito, feito desencontro de nós
E há tanta falta que nós nos fazíamos
Por não sabermos um ao outro a nossa voz.
Neste entrave meus olhos escorregam para ti
Ficam sons e as palavras nunca ditas
De todos os dizeres que guardo reclusos
E sei que nesse calar doce tu me imitas…
São trémulos entardeceres em madrugada
Medo de dizer o dizer em que te chamo
Com medo que me descubras as palavras
No nosso olhar de silencio que te amo.
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Poesia :
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Comentários
Re: Só em muito silencio...
Sem palavras, porque é belo e enorme.
Um abraço
Nuno
Re: Só em muito silencio...
Lapis, seu maroto, tu deixas-me sem fôlego!
Este poema é mais um, dos teus, q me deixam sem saber o q dizer, porque a carga emocional é tão grande!
Mas tenho, pelo menos, q citar este verso:
"Quando aos nadas tínhamos feridas nas palavras"
Porque é daqueles versos, q poderiam atravessar milhões de anos!
Adoro ler-te!
Este, sei q não devia, pq é dedicado a alguem, mas levo-o comigo emprestado!
Beijinho grande em ti!
Inês
Re: Só em muito silencio...
Só no silencio de suas palavras
consegui ver mistérios de infinitos
e desvendar segredos insondáveis
onde o amor é rei e a humanidade coração.
Dá vontade de ler, depois de ler, ler com vontade,
voltar a ler e reler nunca cansa com poema tão belo
do grande poeta lapis-Lazuli.
Re: Só em muito silencio...
Imensamente lindo , sem mais palavras...
Beijos
Susan
Re: Só em muito silencio...
Belo texto de amor.Pura poesia. Ainda mais pela sensibilidade masculina que não tem medo das palavras.Nem dos sentimentos que transbordam
Gostei muito.
Re: Só em muito silencio...
O que eu tenho perdido, meu caro Poeta,
por nunca te ter lido.
Saio deste desencadear de palavras envolventes
com a certeza que quererei ler e conhecer
melhor tudo o que escreves.
Um abraço,
Vóny Ferreira
Re: Só em muito silencio...
“Medo de dizer o dizer em que te chamo
Com medo que me descubras as palavras
No nosso olhar de silencio que te amo”
Ah! Amigo poeta podias todas tuas poesias não conter pontos finais, mas em nossas mentes tenha certeza que continuasse a projeção de cada uma das tuas versões de dizeres de tudo que dizes, como sempre todas fantásticas!!!
Beijos poéticos!!!
Re: Só em muito silencio...
Lá está tu novamente fazendo minhas lágrimas rolarem na madrugada...
É tão bom ler-te no silêncio da noite solitária, na insônia dos anos que me perseguem impiedosos, em lacrimosos momentos inexistentes de amores tristes e insistentes no vazio de meu peito. Silencioso é o lamento da alma que escuta a calma e a suavidade do teu amar. Chegou a faltar-me o ar...
Grande abraço caro poeta.
Re: Só em muito silencio...
Tão suavemente belo, que até dói. Saoi daqui encantada com esse texto. Obrigada. bj