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SEMENTES DE AMOR ...
Quero pôr os pés do meu pensar
no passo do meu acreditar.
Esperar por mim em palavras verticais,
cantar-me sem prantos nem brancos gritos.
Voar como as vozes do vento voam
sobre as campinas das minhas inspirações.
Rescrever o fogo bailante das minhas sinas,
mergulhar no formigueiro das minhas emoções.
Apalpar a cor e os barros dos meus sonhos
com as mãos poéticas do meu olhar,
moldar os atalhos do meu ir.
Chegar inteiro por toda a parte
daquilo que em mim está por inventar.
Saber de mim nas curtas distâncias da realidade,
passear comigo contente na plenitude da eternidade.
Escavar na escuridão clarões imortais,
revelar-me nas imagens puras do impossível.
Domar as loucuras de demorada solidão
que me soma nos sonos volumes de insónia.
Ocos beijos de um frio vulto
que me desbarata o ouro da noite em silêncio.
Pesar o peso de quem sou no juízo da estrada
que desenrola a paisagem em volta do meu corpo.
Procurar-me longe para me amar de perto,
empenhar a força dos meus braços
como sementes de amor.
Colher a felicidade no derramar do tempo,
abrir a luz da minha alma ao mundo
como uma flor se abre ao sol.
Unir as correntes do meu profundo mar aos céus,
ocupar sem véus o meu lugar na imaginação.
Ser eu a rosa-dos-ventos do meu acontecer,
ser eu a recompensa do meu ser.
Depois da minha morte,
as minhas lágrimas sejam gargalhadas
e o meu Eu esteja mais vivo do que nunca!
.
.
.
.
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Comentários
sábias palavras.
sábias palavras.
Henrique..........
Acredito de que és detentor de uma poesia intensa e linda!
Ao ler-te pensei, de como seria bom empenhares a força dos teus braços,
com as sementes de amor!
Podes sempre, ser a rosa dos ventos; de alguém que necessita de se saber guiada/o.
Adorei, ler-te do princípio ao fim!
Deixo um beijito***