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SOMOS TODOS IGUAIS (?)
Há um lugar onde está escrito
E é a lei maior que diz
Quem faz valer é o juiz
E caso valha é bonito
Mas o acesso é restrito
E os fatos são reais
Para nós pobres mortais
Sempre um chá de banco é a base
Que apaga o dizer da frase
“QUE TODOS SOMOS IGUAIS”.
Eu que nas minhas andanças
Até faço que não vejo
Coisas que me dão ensejo
Pra fazer grandes lambanças
Mas me lembro das crianças
Inocentes nos natais
E embora não seja mais
Tenho que inocente ser
Quando eu ouço alguém dizer
“QUE SOMOS TODOS IGUAIS”
Quando em algum lugar
Seja público ou privado
Eu vou ficando de lado
Vendo outros a passar
E alguém tenta me enganar
Lembro dos irracionais
E finjo não ver sinais
Que ali sou apenas nada
E de quem diz dou risada
“QUE SOMOS TODOS IGUAIS”
Se pelo tempo de sobra
Que já queimo além do meio
Quando por aí passeio
À toa feito uma cobra
Numa curiosa manobra
Fora dos padrões normais
Eu entro em caros locais
Sou da vigilância a mira
O que prova que é mentira
“QUE TODOS SOMOS IGUAIS”
Eu nem vejo com maldade
É justo que eu reconheça
-Nos semeiam na cabeça
A planta inferioridade
Matar a falsa verdade
Tão necessário se faz
Pra um dia sermos capaz
Dessa igualdade exigir
Para eu não rir quando ouvir
“QUE TODOS SOMOS IGUAIS”
Sérgio da Silva Teixeira
BAGÉ/RS/BRASIL.
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Comentários
Meu caro amigo poeta J.
Meu caro amigo poeta J. Thamiel,
apenas tristes reflexos de coisas vivenciadas.
Grato pela visita e comentário positivo de sempre.
Um forte abraço.
coment
Meu amigo, Sérgio Teixeira,
incisivo e contestador.