CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Fantasma
A noite caiu quase sem avisar, de surdina e sem pensar ele aproximou-se da velha mansão, onde um dia nascera.
Trinta e seis anos atrás a abandonara, forçado que fora por seu pai, alegando que na morte de esposa e mãe, nada mais havia a fazer ali.
Forsyth lembrava-se do exterior magestoso, em silvo Renascentista, dos jardins bem aparados e tratados, de um verde inquietante e salutar.
Agora, agora tudo havia sido deixado ao abandono. Dos jardins restava lama, da fachada de tão branca caiada, cresciam heras e trepadeiras silvestres.
Tinha de entrar, tinha de VOLTAR A SER FELIZ, onde antes o fora.
Como calculara, o outrora resistente trinco da porta, cedera facilmente e a porta abrira.
De lanterna em punho, percorreu as divisões abandonadas, onde a poeira e o cheiro fétido, o contaminavam.
Ao chegar ao cimo das escadas, olhou com nostalgia os degraus de madeira.
Recordava-se trágicamente do corpo da mãe estendida, nestes mesmos degraus que conduzem aos quartos. Sabia que ela caira, pois vira, mas será que ele a empurrara...era jovem, criança talvez...não se lembra.
Por isso veio, para lutar com essa duvida.
Subitamente a lanterna deixou de funcionar e após um suave ranger das tabuas do chão gasto, um vulto brilhante surgiu. Sua mãe o encarava, pairando sobre ele.
Recuou uns passos assustados e de voz melancolica, ela disse:
-Sabia que virias fedelho!
-Mãe?
-Ja fui. Não sou mais.Mataste-me!
-Não, não...foi acidente, eu...acho que não
-Achas? eu dei-te tudo. Tudo fiz por ti
-Mas mãe eu era miudo.
-Eras gente certamente, e agora vais pagar.
-Por Deus ,não.
Num movimento rápido desviou-se de tão negra criatura. Porém o degrau cedeu, e perdendo o equilibrio, caiu, rolou escadas abaixo e nesses segundos fugazes, lembrou-se:
-Não a empurrei, ela caiu. Ela ia-me dizer algo, virou-se e caiu. Como eu agora.!
A cabeça bateu fortemente no corrimão, resultando uma poça de sangue, e perdeu os sentidos.Enquanto o fantasma sorria, e lhe raasgava o corpo tirando o coração que ainda batia.
-Sr. Forsyth?
-Sim?
-O electrocardiograma está pronto. Creio que o senhor adormeceu.
Ele olhou em volta, estava na clinica onde sempre estivera.
Havia sonhado com o seu fantasma uma vez mais. Mais lembrava-se. Desta vez lembrava-se
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1373 leituras
Add comment
other contents of Mefistus
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Amor | Saber A Mar! | 4 | 3.818 | 02/19/2019 - 15:26 | Português | |
Prosas/Contos | Desculpa Se Sou Puta -Parte 1 - Capítulo 3 | 0 | 3.225 | 02/07/2015 - 10:18 | Português | |
Prosas/Contos | Desculpa Se Sou Puta -Parte 1 - Capítulo 2 | 0 | 4.386 | 02/07/2015 - 10:11 | Português | |
Prosas/Contos | Desculpa Se Sou Puta - Parte 1 - Capítulo 1 - | 0 | 7.068 | 02/07/2015 - 10:07 | Português | |
Prosas/Contos | Desculpa se sou Puta! - Introdução | 0 | 3.898 | 02/07/2015 - 10:03 | Português | |
Prosas/Contos | Desculpa se sou Puta! - Introdução | 0 | 2.951 | 02/07/2015 - 10:00 | Português | |
Poesia/Amor | Saber A Mar! | 0 | 0 | 07/09/2012 - 14:31 | Português | |
Poesia/Amor | Saber A Mar! | 0 | 4.253 | 07/09/2012 - 14:30 | Português | |
Poesia/Aforismo | Cativa Saliva na boca triste | 0 | 5.658 | 06/04/2012 - 12:52 | Português | |
Poesia/Meditação | Haveria Sempre Poesia, Nas horas loucas de maresia | 2 | 5.789 | 04/21/2012 - 04:56 | Português | |
Poesia/Desilusão | Melancolia | 0 | 3.730 | 11/04/2011 - 11:11 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Para onde vou ó dor! | 0 | 2.550 | 11/04/2011 - 10:42 | Português | |
Poesia/Meditação | Trova a dois Terços! | 0 | 3.734 | 11/04/2011 - 10:34 | Português | |
Poesia/Intervenção | Ó Chefe dá-me um emprego! | 1 | 8.326 | 10/25/2011 - 09:30 | Português | |
Poesia/Dedicado | Em amêndoas Tragado | 3 | 3.671 | 10/24/2011 - 09:15 | Português | |
Poesia/Intervenção | Uma breve nostalgia! | 0 | 4.183 | 10/24/2011 - 09:06 | Português | |
Poesia/Meditação | No pio da Perdiz | 0 | 3.957 | 10/24/2011 - 08:58 | Português | |
Poesia/Fantasia | Baila Marisa Baila! | 3 | 4.527 | 09/01/2011 - 10:17 | Português | |
Prosas/Terror | Diablo- Capitulo 4 (parte 4/4) | 0 | 3.376 | 04/09/2011 - 00:02 | Português | |
Prosas/Terror | Diablo - Capitulo 4 ( parte 3/4) | 0 | 3.878 | 04/08/2011 - 23:59 | Português | |
Prosas/Terror | Diablo - Capitulo 4 ( parte 2/4) | 0 | 4.710 | 04/08/2011 - 23:56 | Português | |
Prosas/Terror | Diablo Capitulo 4 (Parte 1/4). | 0 | 4.601 | 04/08/2011 - 23:49 | Português | |
Prosas/Terror | Diablo Capitulo 3 (Parte 3/3) | 0 | 4.852 | 04/08/2011 - 23:46 | Português | |
Poesia/Meditação | Dançarina de saia Púpura | 2 | 5.084 | 04/07/2011 - 22:35 | Português | |
Poesia/Meditação | Como um corpo suspenso em cordas de linho | 1 | 5.073 | 02/27/2011 - 19:51 | Português |
Comentários
Re: Fantasma
apesar da ideia usual do "acordar de um sonho", gostei muito do questionamento se Ele havia matado a mãe...
bom bom.
abçs!!
Lê!!