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Flores e punhais
Eu poderia amar-te pelos teus sorrisos, pelos teus olhares ou pelas tuas
lágrimas, pelo manto com que me cobres quando eu mordo o pó ou pela
mão que te estendo quando ajoelhas. Pela cumplicidade no assalto ao
banco, pelo medo de se ser apanhado ou pelo encarniçamento na divisão
dos despojos. Pelas tuas palavras ou por aquilo que eu calo, pelos teus
silêncios e por aquilo que eu digo, pelas garras que se recolhem ou pelos
dentes cerrados que se mostram. Pela sabedoria e pela estupidez, bravura
e cobardia. Pelas dúvidas e porquês. Pelas respostas. Pela robustez e pela
sensibilidade. Pelo bom senso. Pelos meus braços e pelas tuas pernas,
pelo meu coração e pelo teu cérebro, pelo meu peito e pelo teu ventre. Pelos
nossos dedos. Pela tua grandeza e pela minha pequenez, pela tua fraqueza e
pela minha força. por aquilo que sei e tu não sabes ou por aquilo que sempre
soubeste e eu nem faço ideia que exista sobre a terra. Pela capa que se usa e
pela nudez que se mostra, pelo sólido e pelo liquido, pelo ímpeto e pela quietude.
Pela seriedade e pela brincadeira. Pela gargalhada e pelo choro. Pela altitude e
pelo nível do mar. Pelas grutas e pela claridade. Pela escuridão e pelo sol, vento,
chuva, neve e nevoeiro. Pelo esplendor. Pelo abandono. Pelo repouso.
Eu poderia amar-te por tudo, tudo, tudo ou por nada, nada e nada, que ainda
assim não seria como é.
Publicado originalmente:
Isto de se ser humano
http://istodeseserhumano.blogspot.com
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