CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

destituição humana

Destituição Humana

Prevendo a Destruição dos Templos,
O Homem acordou, d’espada e teso,
Foi nesse exíguo ensejo que, o Senhor,
Carregado no semblante e no olhar,
Se acometeu no enfarpado d’humano.
E era vê-lo, criança, titubeando no Aral Mar,
tribos Desmontando, curvando muralhas
D’Israel e taças de graal d’últimas jantas.

Rembrandt d’mil e tal Magdalenas,
Despertou sorrisos no Seu caminhar,
Aos tropeções tropeçou confusões,
Cruzados d’San Terra, negados, sufocados,
Buscou no corpo d’amante o Seu desatino.
Mas a ânsia do despertar começou a palpitar
Apeteceu-lhe mergulhar no crucifixo,
Sem parar, deixando transbordar tudo,
O que queria proferir, viu-o , acordado.

Mas o Homem, acocorado, teve medo
Do que viu, teve pavor de se perder
E nesse sangrento rumor intestino
E úlceras apostolas, Julgou-se d’Israel.

O poeta transgride na fábula c’os verbos
Mas é mais d’ele o Cristo da verdade
Navega na crista, na Santidade prevista
Defraudado até no sentir, na palavra “solitude”
E navega no sonho de “d’avenir” e no medo de naufragar.

Mas, rosto de centos é este ser poeta,
Nos todos Pessoas que somos
O fingimento, por medo D’Ele , não envolve,
Quem sente, num repente ,dissolve a vontade
De experimentar , de frente o prazer,
Assim nEle s'envolva o sonho.

O poeta é aquele ser que só
Não sabe que real é comer
De Mecenas , vísceras e as mãos
E guardar d’ultimo fôlego a causa,
·Sentir, o praxis clandestino d’outros,
Roubados ao malho d’adros e igrejas.

Distraidamente avanço d’entre
Os poços de palavras,
E caio no meio de mudos
Chamamentos, levanto o copo
E corro de testemunhos
Para dentro de mim,
Bem lá para o fundo da memória
Sem Índico, nem mendigo, ou nada.

Totalmente cru, sou velho e fluí do cárcere,
Sou singular, inglório, inconstante,
Sou generalista desta casta
De assumidos que, na busca,
Ouviu da sereia meus cantares.

Seu’speranto ,de esperar
Pelos beirais amargos alardes,
Queiras ou não, aludes
Em um lagar ou monumento,
E ninguém me cale no falar.

Ainda que aqui d’esta Gaya ,
Acresça poeira e pregue na boca,
Se ela no poeta reconhecer guarida e for
Buscando poisos, desatentos e falas
Em casas de qualquer Thora.

Vai a poesia d’ampulheta,
Aliviando a dor d’ ancorado
Melhor seria d’olho tapado
O penhor teria a boca calada.

Adoro imaginar que sinto
Ou apenas d’onde vem
Para que possa encontrá-la
Naquela rua que não mereço
Por onde me oculto nas palavras
Nem a casa enxergo
Nem afirmo se lá morei
Contudo foi lá que começou...
A essência do Homem destituído.

Joel Matos

Submited by

segunda-feira, dezembro 21, 2009 - 12:12

Ministério da Poesia :

Your rating: None Average: 5 (1 vote)

Joel

imagem de Joel
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 2 semanas 2 dias
Membro desde: 12/20/2009
Conteúdos:
Pontos: 42009

Comentários

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

.

.

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Joel

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Geral Pra lá do crepúsculo 30 3.067 03/06/2024 - 11:12 Português
Poesia/Geral Por onde passo não há s’trada. 30 3.854 02/18/2024 - 20:21 Português
Poesia/Geral Sonhei-me sonhando, 17 4.004 02/12/2024 - 16:06 Português
Ministério da Poesia/Geral A alegria que eu tinha 23 4.348 12/11/2023 - 20:29 Português
Ministério da Poesia/Geral Notas de um velho nojento 7 2.927 12/06/2023 - 21:30 Português
Ministério da Poesia/Geral (Creio apenas no que sinto) 17 2.134 12/02/2023 - 10:12 Português
Ministério da Poesia/Geral Vamos falar de mapas 15 7.284 11/30/2023 - 11:20 Português
Ministério da Poesia/Geral São como nossas as lágrimas 9 1.033 11/28/2023 - 11:11 Português
Poesia/Geral Entrego-me a quem eu era, 28 3.451 11/28/2023 - 10:47 Português
Ministério da Poesia/Geral O Homem é um animal “púbico” 11 4.169 11/26/2023 - 18:59 Português
Ministério da Poesia/Geral A essência do uso é o abuso, 1 3.814 11/25/2023 - 11:02 Português
Ministério da Poesia/Geral Insha’Allah 2 2.550 11/24/2023 - 12:43 Português
Ministério da Poesia/Geral No meu espírito chove sempre, 12 2.234 11/24/2023 - 12:42 Português
Ministério da Poesia/Geral Os destinos mil de mim mesmo. 21 6.596 11/24/2023 - 12:42 Português
Poesia/Geral “Daqui-a-nada” 20 4.753 11/24/2023 - 11:17 Português
Ministério da Poesia/Geral Cada passo que dou 0 1.981 11/24/2023 - 09:27 Português
Ministério da Poesia/Geral Quem sou … 0 2.715 11/24/2023 - 09:26 Português
Ministério da Poesia/Geral Ricardo Reis 0 845 11/24/2023 - 09:24 Português
Ministério da Poesia/Geral A dança continua 0 3.335 11/24/2023 - 09:23 Português
Ministério da Poesia/Geral A importância de estar … 0 2.566 11/24/2023 - 09:17 Português
Ministério da Poesia/Geral Se eu fosse eu 0 1.400 11/24/2023 - 09:15 Português
Ministério da Poesia/Geral Má Casta 0 2.436 11/24/2023 - 09:14 Português
Ministério da Poesia/Geral Neruda Passáro 0 3.030 11/24/2023 - 09:12 Português
Ministério da Poesia/Geral Pouco sei, pouco faço 0 1.780 11/24/2023 - 09:11 Português
Ministério da Poesia/Geral Do que tenho dito … 0 2.176 11/24/2023 - 09:09 Português