Matrix

Tudo isso por nos mantermos mergulhados no inconsciente de si, por não nos mantermos acordados, onde sonhar é pecado. Pecado por nos mostramos cansados, pobre e felizes, de uma felicidade morna, de um cansaço calmo, de um sopro leve no rosto e um beijo de afeto-cúmplice.
Por perder, por abaixar a guarda, por desistirmos de nós mesmos, numa deserção de entrega ao outro, ao inevitável,
Por amar indiferente aos números posicionados no motor matriz, por escapar da imensa teia global, por esquecer a senha e existir, por pensar, por não catalogar, por independer, por ser, pois é, pois sendo, pois foi.
Gerundiar não é preciso, posto que a exatidão e a finitude, são os pontos que calam o processo humano.
E com a percepção alterada passa-se do real ao virtual, ou seja, simular é mais importante do que viver e os sentimentos ficam reduzidos à captação e transmissão de informações-imagens na memória.
Mas escapamos de tudo isso e passamos a viver, somos presentes, somos perfeitos, somos infinitos.