Às Margens do Rio Paraguai
Em um dos lugares mais bonito da terra
Às margens do Rio Paraguai formoso
Ergue-se a princesinha,
Cáceres, de sonho tão ditoso.
Uma cidade bicentenária
De histórias e lendas sedutoras
Que abriga em seu seio as diferentes famílias
Que dessa sociedade são construtoras.
Casarões antigos retratam o passado
De pessoas que aqui lutaram para essa construção
Contrastam com o moderno
De mentes que fazem a revolução.
O pôr-do-sol no cais
É um espetáculo feito pelo criador
Onde os poetas e pensadores
Registram suas histórias de muito valor.
Ao olhar a destruição que fazem contigo
Os olhos choram a tristeza
De uma sociedade ambiciosa
Que só pensam construir a beleza.
Mas, que pensando costruirem, destroem
As belezas que existem em ti
Modificando, de forma predatória,
Tudo que foi construido aqui.
A Ponte Branca já não existe mais.
Pois, foi destruida sem piedade
Ela que contava grande história da cidade
Hoje, deixa apenas saudade.
Até quando o homem moderno
Que se diz civilizado e progressista
Vai destruir as belezas de ti
Por um ideal narcisista?
Obs: Este poema surge da indignação pela destruição das nossas belezas naturais. É um apelo, um grito de alerta.
Odair José
Poeta e Escritor Cacerense
http://odairpoetacacerense.blogspot.com
http://cinehistoriaojs.blogspot.com
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 3989 reads
Add comment
other contents of Odairjsilva
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Dedicated | Ser poeta é... | 6 | 3.620 | 06/02/2024 - 13:53 | Portuguese | |
Poesia/Love | Mil segredos temos nós | 6 | 2.987 | 06/01/2024 - 13:42 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Ecos distantes em nossa cabeça | 6 | 6.502 | 05/31/2024 - 13:46 | Portuguese | |
Poesia/Love | Só não sei como te dizer | 6 | 4.822 | 05/30/2024 - 20:17 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Ignorância | 6 | 4.162 | 05/29/2024 - 22:05 | Portuguese | |
Poesia/Love | Nunca tenho as palavras certas | 6 | 2.529 | 05/28/2024 - 13:40 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Vejo que está feliz | 6 | 4.900 | 05/27/2024 - 20:43 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Porcos no poder | 6 | 5.315 | 05/25/2024 - 13:45 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Circo de horrores | 6 | 4.993 | 05/24/2024 - 12:09 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Trombetas que ecoam no vazio | 6 | 9.268 | 05/23/2024 - 20:47 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Isso é totalmente estupidez | 6 | 6.157 | 05/23/2024 - 01:31 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Soltos pelas ruas | 6 | 4.096 | 05/21/2024 - 21:04 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Espero a ressurreição nos campos humanos | 6 | 7.171 | 05/20/2024 - 23:11 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | O vazio é o parasita | 6 | 8.648 | 05/19/2024 - 14:19 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | A voz que ninguém quer ouvir | 6 | 7.417 | 05/18/2024 - 23:41 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Tão triste e vazio | 6 | 7.698 | 05/14/2024 - 12:16 | Portuguese | |
Poesia/Love | Sob o luar | 6 | 3.157 | 05/12/2024 - 14:19 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Um abismo chama outro | 6 | 6.490 | 05/11/2024 - 13:22 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | A dor de quem perde o que mais ama | 6 | 5.926 | 05/09/2024 - 20:39 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Almas quietas | 6 | 6.702 | 05/08/2024 - 11:42 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | No silêncio da noite | 6 | 7.674 | 05/07/2024 - 20:36 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | No coração do Pantanal | 6 | 4.814 | 05/06/2024 - 23:01 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | O horizonte faz lembrar | 6 | 5.226 | 05/04/2024 - 14:29 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Medeia | 6 | 4.276 | 05/03/2024 - 20:12 | Portuguese | |
Poesia/Love | Quem dera eu tivesse o poder | 6 | 4.952 | 05/02/2024 - 12:06 | Portuguese |
Comments
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Mostra a destruição que a famosa construção do homem, faz com a natureza, tudo vira pura destruição.
Uma linda poesia ecológica e deperservação.
Parabens.
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Fantástico, o que fazes com as palaras...
De facto é lamentável o que se faz ou desfaz na terra que nos acolhe
Gostei do teu carinho
Beijos
Dolores
Re: Às Margens do Rio Paraguai
perfeito, devemos todos nós conservar as nossas belezas naturais, gostei imenso, parabens
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Caceres linda e amada... Que saudades sinto de ti... Estou longe pra poder tratar-me da saude, mas de Caceres jamais esquecerei nao!
Sinto falta tambem do coreto da praca Barao... (Ja nao existe mais...) E as fazendas Facao e outras... Com seus lindos casaroes... Falta a conservacao!
Caceres e Rio Paraguai um amor sem fim! (leia Odair eu que fiz) Estou com saudades da terra onde nasci. Abracos...
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Mas, que pensando costruirem, destroem
As belezas que existem em ti
Um dos meus favoritos ;-)
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Penso que temos que utilizar de todos os meios possíveis para combater a destrução do nosso planeta... a poesia é uma dessas formas.
Re: Às Margens do Rio Paraguai
Aplausos...
:-) Vamos reivindicar :-?
Re: Às Margens do Rio Paraguai
A poesia pode ser um instrumento privilegiado para denunciar a ação predatória sobre a natureza. Poesia com todo sentido.
Parabéns!
Sandra.